19/12/07

Muffins de aveia, canela e sultanas


Antes de mais quero agradecer as palavras de apoio e pedir desculpa por andar desaparecida deste blogue e dos blogues amigos. Agora que já estou mais animada, prometo que ponho a escrita em dia.

Estes muffins são uma excelente opção para o pequeno-almoço ou lanche, pois são pouco doces e ficam muito bem com chá ou café com leite (o L. come-os como se fossem pãezinhos, barrando-os com manteiga). Enfim, um docinho mais dietético para antes do Natal, pois não convém começar já a abusar. Retirei a receita daqui.

Ingredientes:

1 chávena de flocos de aveia
1 chávena de buttermilk
(ou 1 colher sopa de sumo de limão + leite magro)
¾ chávena de farinha
½ colher de chá de fermento
¼ colher de chá de sal
¾ colher de chá de bicarbonato de soda
½ colher de chá de canela
2 ovos batidos ligeiramente
½ chávena de açúcar castanho
6 colheres de sopa de manteiga derretida
1/3 chávena de sultanas (uva passa)

O buttermilk pode ser substituído pelo seguinte preparado (quantidade para 1 chávena): 1 colher de sopa de sumo de limão à qual se adiciona o leite magro (morno) necessário para perfazer 1 chávena. Deixa-se repousar durante 10 minutos. Pensei em substituí-lo por iogurte, mas depois de fazer este preparado, percebi que é bastante menos ácido do que o iogurte. Noutra receita talvez não haja problema de usar iogurte, mas nesta, que é pouco doce, acho que não é boa ideia.

Passemos aos muffins. Misturar os flocos de aveia com o buttermilk e deixar repousar durante 30 minutos. Misturar a farinha, o fermento, o bicarbonato, o sal e a canela. Noutro recipiente, juntar os ovos ao preparado de aveia e buttermilk, adicionar o açúcar, a manteiga e a mistura seca (farinha, etc.). Misturar bem. Não se preocupem que e massa fica com um grumos, por causa da aveia (depois de cozido não se nota). Juntar as sultanas e envolver. Encher as formas, previamente untadas, com 2/3 de massa. Levar ao forno, a 200/210 graus, entre 15 a 20 minutos.

13/12/07

Entrecosto no forno com cogumelos

Ainda às voltas com o meu entrecosto cortado aos pedaços, desta vez resolvi juntá-lo a uns amigos muito especiais, uns cogumelos brancos e assá-lo no forno… e, como se não bastasse, decidi ainda acompanhá-lo com um arroz árabe (que é uma óptima companhia) … o resultado foi este!

Ingredientes:
500 gr de entrecosto cortado aos pedaços
200 gr de champignons(inteiros)
5 dentes de alho
2 colheres de sopa de margarina
Vinho branco q.b.
Sal
Pimenta
Colorau

Preparar uma massa com os alhos picados, a margarina, o sal, pimenta e colorau com a qual se unta o entrecosto – deixar marinar 30 minutos. Coloca-se este preparado do entrecosto com a massa em forno bem quente para alourar. Quando o entrecosto estiver a ficar dourado, junta-se ½ copo de vinho branco e os cogumelos inteiros. Deixar cozinhar até o entrecosto estar assado.
Para o arroz árabe: numa panela coloca-se 1 cebola pequena cortada aos cubos a refogar com azeite. Quando a cebola ficar transparente junta-se 1 chávena de chá de arroz e deixa-se fritar durante 1 ou 2 minutos. Ao arroz junta-se 100 gr de sultanas e 50 gr de pinhões, mexe-se e por fim junta-se 2 chávenas de água, tempera-se com sal e deixa-se cozer.

12/12/07

Torta de Cenoura

Quero dedicar esta receita, que a minha mãe me passou, à minha amiga Pipoka que, embora estando a passar por um momento difícil, não recusaria um belo doce para animar…

Ingredientes:
500 gr de cenoura
4 ovos
450 gr de açúcar
4 colheres de sopa de farinha
Açúcar e canela para polvilhar

Descascar as cenouras e cozer numa panela com água. Após cozidas, reduz-se a puré no passe-vite. Bate-se as 4 gemas com o açúcar até fazer um creme esbranquiçado e junta-se o puré da cenoura. Bate-se as claras em castelo que são envolvidas delicadamente ao preparado anterior e por fim, junta-se a farinha.
Unta-se com margarina um tabuleiro de tortas, forra-se com papel vegetal e volta-se a untar com margarina e depois polvilha-se com farinha. A torta fica cerca de 10 a 15 minutos em forno bem quente, até estar cozida (atenção para não ficar muito seca, pois torna-se difícil a tarefa de enrolar…).
Estende-se um pano lavado e borrifa-se com água e polvilha-se com açúcar e canela. Após a torta estar cozida e, enquanto ainda quente, coloca-se sobre o pano (polvilha-se com açúcar e canela a parte que fica voltada para cima) e com a ajuda do pano enrola-se a torta, apertando bem para unir.
A torta deve ficar “húmida” e servir-se fria.

10/12/07

Sopa de batata-doce e caril

Para aquecer e animar as hostes nestes meses de invernia, nada melhor do que uma sopinha. Se levar caril, tanto melhor, se o caril for “hot”, então não há frio que resista!
Ingredientes:

500 g de batata-doce
50 g de manteiga
1 cm de gengibre fresco
3 alhos
1 colher de chá de caril (usei hot madras)
3 chávenas de água a ferver
1 ½ cubo de caldo de legumes biológico
1 chávena de leite magro
Pimenta e noz-moscada moídas no momento
Rodelas de lima ou limão para enfeitar

Descascar as batatas e cortá-las aos cubos. Descascar os alhos e picá-los. Descascar o gengibre e ralá-lo (ou picá-lo). Derreter a manteiga, juntar o alho e o gengibre e saltear durante 1 minuto. Deitar o pó de caril e deixar libertar o aroma. Verter a água a ferver e juntar os cubos de caldo de legumes esfarelados. Quando levantar fervura, colocar a batata-doce. Deixar cozinhar em lume brando até a batata cozer (15 a 20 minutos). Triturar a sopa. Temperar com pimenta e noz-moscada. Juntar o leite e levar novamente ao lume até ferver. Servir bem quente, guarnecida de rodelas de lima (ou limão).

Fonte: Boa Mesa – Sopas & Casseroles.

07/12/07

Almôndegas de bacalhau

Esta receita foi retirada de As Minhas Receitas de Bacalhau do humorista português Herman José. Confesso que comprei o livro só por causa desta receita, mas revelou-se uma boa surpresa, recheado de pratos de bacalhau muitíssimo originais.

Ingredientes:

Almôndegas
600 g de bacalhau (previamente demolhado)
1 bolinha de pão de mistura ou outro pão a gosto
1 dente de alho
1 cebola
Salsa picada a gosto
2 ovos
Farinha
Sal e pimenta

Molho
2 latas de tomate pelado (ou 1 kg de tomate fresco)
2 dentes de alho
10 colheres de sopa de azeite
1 folha de louro
1 ramo de salsa
8 folhas de manjericão
1 copo de vinho branco
Sal e pimenta
1 pitada de açúcar

Almôndegas: dar uma fervura ao bacalhau - quem tiver facilidade em tirar as espinhas e desfiar o bacalhau em cru, pode saltar este passo) – deixar arrefecer até conseguir retirar-lhe as espinhas e desfiá-lo muito bem. Juntar o bacalhau, o alho picado (uso um espremedor), a cebola picada, o pão, previamente demolhado em leite e bem escorrido, e a salsa. Misturar bem - já que estão com a mão na massa, aproveitem para desfiar um pouco mais o bacalhau. Bater os ovos e juntá-los ao preparado anterior, misturando até ficar uma pasta homogénea. Atenção: dependendo do tamanho dos ovos, pode ser que não seja preciso utilizá-los todos, pois convém que a massa das almôndegas não fica demasiado mole. Temperar com sal e pimenta. Moldar as bolinhas, passá-las por farinha e fritá-las.
xx
Para o molho: se usar tomate fresco, há que retirar-lhe a pele e as grainhas. Numa caçarola, juntar o tomate, o alho, o azeite, as ervas aromáticas e o vinho (verificar ao longo da cozedura se é necessário juntar a açúcar). Deixar cozinhar, até ficar um creme espesso e o tomate perder o sabor a cru. Retirar as folhas, passar o molho pelo liquidificador ou pela varinha mágica. Temperar com sal e pimenta.

04/12/07

Queques salgados de cenoura com arroz de grelos


Ao ler os posts da Marizé e da Elvira com receitas retiradas do livro Cozinhar com Vegetais da Maria de Lourdes Modesto, concluí que não tenho dado a devida atenção a esta preciosidade, que tem estado a ganhar pó na minha prateleira desde Agosto. Eis a receita que desencantei para o jantar de sábado.


Ingredientes:

125 g de cenoura ralada
30 g de nozes moídas
80 g de queijo de S. Jorge ralado ( 125 g de cheddar na receita original)
1 mão-cheia de coentros picados (ou cebolinho)
175 g de farinha
1 colher de sopa de fermento
½ colher de chá de sal fino
Pimenta e noz-moscada
1,75 dl de leite
3 colheres de sopa de azeite
1 ovo
(o ovo que usei era pequeno e acho que podia ter colocado, pelo menos, mais uma clara)

Juntar a cenoura ralada, as nozes moídas, o queijo e os coentros. Directamente por cima desta mistura, peneirar a farinha com o fermento, polvilhar com o sal, a pimenta e a noz-moscada. Misturar (eu usei um garfo, para ser mais fácil). Num outro recipiente, juntar o leite, a gema e o azeite. Misturar este preparado ao da cenoura, mexendo bem. Bater a clara em castelo e envolver na massa. Deitar em formas de queques (ou muffins) untadas com manteiga. Vai ao forno, previamente aquecido, durante 20 a 25 minutos a 200 graus.

Acompanhei com arroz de nabiças. Segue assim a receita: refogar, em azeite, meia cebola e 1 dente de alho picados, sem deixar queimar. Juntar as nabiças picadas grosseiramente. Salteá-las. Deitar água quente (2 ½ ou 3 chávenas, depende não só da quantidade do arroz, mas também da quantidade das nabiças, no meu caso eram muitas). Quando ferver, adicionar 1 chávena de arroz. Deixar cozer e servir!

03/12/07

Crumble de pêra e sultanas (ou sobre a arte da sedução)

Na passada semana, o crumble – e o jantar romântico de alguém que não posso nomear senão dá cabo de mim - foi tema de conversa de fim de tarde lá no emprego. O nosso colega F. achou que era ideal para um homem sem jeito para cozinhar dar os primeiros passos na feitura de sobremesas e, claro está, impressionar uma mulher. Este curioso debate sobre a arte da sedução teve como resultado uma imensa vontade de fazer – e de comer - o famigerado crumble.

Ingredientes:

1kg de peras maduras
4 colheres de sopa de sultanas (uvas passa)
Vinho do Porto q.b.
Sumo de limão q.b.
100 g de farinha
80 g de flocos de aveia
½ colher de sopa de canela
80 g de açúcar amarelo
80 g de manteiga (ou margarina vegetal)

Colocar as sultanas de molho no vinho do Porto. Descascar as peras, tirar-lhes o pedúnculo e cortá-las aos cubos. Colocar as peras num recipiente de ir ao forno, untado com manteiga, e regá-las com um pouco de sumo de limão. Noutro recipiente, misturar a farinha, os flocos de aveia, o açúcar, a canela e a manteiga cortada aos cubinhos. Misturar tudo com as pontas dos dedos até formar uma espécie de areia grossa. Escorrer as passas e espalhá-las por cima das peras. Espalhar a massa por cima. Levar ao forno cerca de 30 minutos.

30/11/07

Macarrão à portuguesa

A ideia para esta receita partiu de uma linguiça dos Açores que a Pipoka me ofereceu (que eu não sabia onde utilizar), à qual decidi juntar alguns enchidos que tinha e claro, um belo macarrão (inspiração, mais uma vez de uma receita dos livros da Vaqueiro, a minha bíblia…). É um prato bastante substancial, ideal para estes dias frios de Inverno…
Ingredientes:
½ Linguiça
½ Chouriço corrente
½ Morcela
200 gr de ervilhas
250 gr de macarrão (do mais fino – macarronete)
1 Cebola
1 Dente de alho
1 Folha de louro
1 Tomate médio
Azeite q.b.

Coloca-se a cebola e o alho a alourar em azeite, ao qual se junta o tomate e os enchidos cortados às rodelas (excepto a morcela que se junta no fim para não se desfazer) até apurarem. Coloca-se a folha de louro e água quente até cobrirmos metade da panela e deixa-se cozer em lume brando. Após a água ferver, junta-se as ervilhas e o macarrão, tempera-se com sal e pimenta. Junta-se agora a morcela cortada às rodelas e serve-se após o macarrão estar cozido.

28/11/07

Bolo de laranja com sementes de papoila

O segredo deste bolo é bater bem todos os ingredientes, de preferência sem usar máquina. Mas vejam pelo lado positivo, quanto mais calorias gastarem a bater a massa, mais fatias podem comer!

Ingredientes:

4 colheres de sopa de sementes de papoila
3 colheres de sopa de sumo de laranja
125 g de iogurte natural
185 g de manteiga
(amolecida)
Raspa de uma laranja
220 g de açúcar
3 ovos
250 g de farinha com fermento
(caso contrário, adicionar 3 colheres de chá de fermento)

Misturar o sumo de laranja com as sementes de papoila e o iogurte. Reservar durante uma hora. Bater a manteiga com a raspa de laranja até ficar uma mistura cremosa e fofa. Juntar o açúcar gradualmente, batendo bem a cada adição. Adicionar os ovos, um a um, batendo bem a cada adição. Alternadamente, juntar a farinha (é aconselhável peneirá-la) e a mistura de sementes de papoila. Verter a massa numa forma untada e levar ao forno a 180 graus entre 35 a 45 minutos ou até o bolo estar cozido. Aguardar 5 minutos antes de desenformar.

26/11/07

Salada quente de polvo



A clássica salada estival traja-se a preceito para enfrentar as estações frias:

Ingredientes:
1 polvo com 1/1,200 kg
1 cebola
1 folha de louro
4 ou 5 grãos de pimenta preta
1 pimento vermelho assado (pode assar ou comprar já assado)
3 batatas-doces
12 azeitonas pretas
2 dentes de alho
Uma mão-cheia de coentros picados
Azeite
Sal

Cozer o polvo na panela de pressão cerca de 20 minutos com água, a cebola, a pimenta, o louro e azeite (não juntar sal). Entretanto, assar o pimento (eu asso-o no bico do fogão e, para não sujar muito, coloco papel de alumínio à volta do bico). Retirar a pele do pimento e cortá-lo em tirinhas. Cozer as batatas-doces, cortadas aos cubinhos. Picar as azeitonas. Cortar o polvo aos pedaços e passá-lo numa frigideira com uma dose generosa de azeite, o alho esmagado e os coentros. Nesta fase, verificar se é necessário juntar sal ao polvo. Misturar todos os ingredientes numa saladeira. Quando servir, regar a salada com um pouco de vinagre balsâmico.

Nota: para tornar o polvo mais tenro, em vez de o bater, o melhor é comprá-lo uns dias antes de o utilizar e congelá-lo.



25/11/07

Baked potato (2 variações)

Esta é uma forma original de comer batatas assadas, recheadas no forno… A fórmula é fácil e podemos fazer numa só refeição as batatas com diferentes recheios – desta vez fiz recheio de carne picada (foto da esquerda) e cogumelos (foto da direita). Existem várias receitas com estas batatas que são conhecidas por baked potato, batatas à americana, batatas recheadas…para esta receita baseei-me apenas nos ingredientes que tinha no frigorífico.

Ingredientes:
4 batatas para assar grandes
300 gr de cogumelos
300 gr de carne picada
1 cebola média
Queijo mozzarela ralado q.b.
250 ml de natas
2 colheres de sopa de queijo philadelphia
Salsa

Coloca-se cada batata num quadrado de folha de alumínio, faz-se um corte longitudinal e tempera-se com sal grosso. Embrulham-se as batatas nas folhas de alumínio que vão a forno quente, pelo menos 1 hora. Numa frigideira refoga-se ½ cebola com azeite e aloura-se a carne picada, temperada com sal e pimenta. Noutra frigideira refoga-se a outra metade da cebola com azeite para alourar os cogumelos. Junta-se num recipiente as natas (previamente batidas), o queijo mozzarella, o queijo philadelphia, a salsa e tempera-se com sal e pimenta. Depois de as batatas estarem cozidas, retira-se o miolo (deixando cerca de 1 cm de batata a toda a volta da casca), ao qual se junta, num recipiente, os cogumelos, e noutro, a carne picada. A este recheio adiciona-se o molho e mistura-se bem. Com este preparado recheiam-se as batatas que vão ao forno 10 minutos a gratinar.

22/11/07

Risotto de curgetes com tomates secos e feta

Nas minhas viagens internéticas pelos blogues de culinária, encontrei (mais) um simplesmente maravilhoso, Tours et Tartines. Foi lá que encontrei esta receita fantástica (fiz metade da versão original). Graças a este prato, e ao creme do Henrique Sá Pessoa, eu, que até nem era muito amiga de curgetes, tornei-me numa acérrima defensora deste legume tão versátil (pois é mrs. pickles, o nosso tema de discussão lá se vai arrastar por mais uma semana).

Ingredientes:

1 chávena de arroz arbóreo (cerca de 150 g)
1 curgete (cerca de 200 g)
½ cebola
5 tomates secos
Vinho branco q.b.
Caldo de legumes q.b.
70 g de queijo Feta
Manjericão
Azeite
Pimenta
Sal (não usei porque os tomates eram salgados)

Lavar e cortar a curgete em quartos finos. Saltear as curgetes com a cebola picada. Deitar os tomates, cortados aos bocadinhos. Juntar o arroz e, quando ficar translúcido, refrescar com um pouco de vinho branco. Ir adicionando o caldo de legumes a pouco e pouco, à medida que é absorvido. Quando o risoto estiver quase cozinhado, deita-se o queijo Feta esfarelado e o manjericão picado. Deixar o queijo derreter e incorporar-se no risoto, criando um molho cremoso (se o queijo for de boa qualidade, derrete-se em menos de 1 minuto). Rectificar os temperos e servir.

Nota: aconselho a utilização de feta de boa qualidade, pois há alguns que têm uma consistência um bocado “borracha” e presumo que não se derretam facilmente. Usei um - marca Dodoni - que acho ideal para esta receita (vende-se no Pingo Doce).

21/11/07

Delícia de chocolate e baunilha


Sobre esta receita não tenho muito a dizer, a não ser que é uma das minhas sobremesas preferidas, ideal para convívios a 4! É uma sobremesa rápida, um pouco calórica e muito fácil de fazer.
A ideia é fazermos uma mousse no forno, que se serve quente, acompanhada por gelado de baunilha – o resultado é um bolo de chocolate com recheio de mousse (para quem gosta bastante de chocolate é uma tentação…). Retirei esta receita de uma revista de culinária, mas não sei qual…



Ingredientes (para 4 doses):
150 g de chocolate em barra
50 g de manteiga
50 ml de uísque
5 gemas
50 g de açúcar
Açúcar em pó para polvilhar


Untam-se as formas de queques com margarina. Coloca-se o chocolate juntamente com a margarina a derreter (eu costumo utilizar o microondas). Após este estar líquido junta-se o uísque. Batem-se as gemas com o açúcar até obter um creme. A este creme junta-se o chocolate derretido e coloca-se nas formas. Vai a forno médio cerca de 8 minutos. Desenformar, polvilhar com açúcar em pó e servir com gelado de baunilha.
Dica: Como esta sobremesa tem que ser servida quente, costumo prepará-la antes da refeição, guardá-la no frigorífico e só coloco no forno pouco antes de servir.

20/11/07

Sopa aconchegante de legumes

Antes do intróito sobre a receita, aproveito para agradecer os simpáticos comentários que recebi no post anterior, pois estava um bocado insegura em relação à receita e à foto. Mas vocês deixaram-me com um “alto astral”, convencida de que até tenho algum jeito para as artes culinárias…já em relação à foto não me conseguiram convencer… mas agradeço na mesma!
sss
Passemos então à sopinha de legumes, uma receita simples e rápida, ideal para marcar o início da época das chuvas e do frio. Aos que não dispensam a proteína de origem animal, então, sugiro que utilizem restos de bacalhau cozido, pois casa muito bem com os ingredientes desta sopa.

Ingredientes:

1,25 l de água
1 ½ cubo de caldo de legumes biológico (facultativo)
3 ou 4 rolinhos de espinafres congelados
½ pimento vermelho
½ cebola
2 dentes de alho
½ alho francês
200 g de grão cozido
4 colheres de sopa de massinha (usei pevides)
Azeite a gosto
Coentros (muitos!)
2 tomates (facultativo)
Sal a gosto

Cortar grosseiramente a cebola, o pimento e o alho francês (pedaços com cerca de 1 dedo de espessura). Estufar, em azeite, a cebola, o alho francês, o pimento e o alho esmagado, aproximadamente 5 minutos. Adicionar a água quente, os espinafres, o tomate e os cubos de caldo de legumes. Deixar cozinhar um pouco os espinafres, juntar o grão e os coentros picados. Quando levantar fervura, adicionar massa e cozer.

19/11/07

Galette de couve lombarda


Tem uma couve lombarda gigante a ocupar quase uma prateleira do frigorífico? Já fez duas sopas com couve, uma de feijão, outra de abóbora? Já experimentou as tradicionais salsichas com couve lombarda? Já lhe falta a imaginação para aproveitar tanta couve? Não lhe apetece fazer a clássica tarte salgada/quiche? Se respondeu sim a tudo, então a solução está nesta receita, retirada do livro A Cozinha Francesa (de Joan Harris e Fran Warde):

Ingredientes:
500 g couve lombarda (na original, 1/2 couve de Sabóia)
150 g de bacon cortado aos cubos (na original, 200 g)
2 ovos
1 cebola pequena picada (no original 3 chalotas)
2 dentes de alho picados
1 raminho de salsa picada
(usei também umas 6 folhas de manjericão e resultou muito bem)
200 g de farinha
250 ml de leite
Sal e pimenta
1 colher de sopa de azeite

Cortar a couve grosseiramente e retirar-lhe os talos mais duros. Ligar o forno a 180 graus. Cozer a couve a vapor, com um pouco de sal grosso, cerca de 5 minutos. Untar uma forma de tarte com o azeite e levá-la ao forno. Numa tigela, misturar o bacon, os ovos, a cebola, o alho, a salsa e o manjericão. Noutra tigela, misturar a farinha com o leite. Juntar as duas misturas e temperar. Retirar a forma do forno (cuidado para não se escaldarem!). Cobrir o fundo da tarteira com metade da massa, por cima, colocar a couve lombarda, comprimindo-a com as mãos, verter a restante massa por cima. Vai ao forno entre 35 a 45 minutos ou até ficar dourada e firme.
xx
Nota: Tanto eu como a farófia testamos a receita e nunca ficou igual à da fotografia do livro A Cozinha Francesa. O livro mostra uma galette com mais altura, uma área central praticamente só com couve e uma cobertura de massa bem nítida (seremos nós a fazer mal a receita ou a galette do livro foi só para a fotografia? A minha galette não gosta de posar e mexeu-se, por isso a foto ficou tremida). Mas eu gosto desta minha versão, pois a couve fica mais misturada com a massa e a galette apresenta uma consistência similar a um bolo (com cerca de 2 dedos de altura).

Nota 2: A forma que eu uso paras fazer a galette tem 26 cm de diâmetro. Provavelmente se usarem uma mais pequena, a galette ficará como a da foto do livro. Laurinha obrigada pela dica!

15/11/07

Creme de curgetes ou às voltas com o superlativo


Se há sopa que merecia o uso do superlativo absoluto sintético era esta...Queria dizer cremosíssimo, mas o dicionário foi categórico e tive que me conformar: “nenhum resultado encontrado para cremosíssimo”, ou seja, afinal a palavra não existe. Assim, na impossibilidade de superlativar (o muito cremoso não me agradava), fico-me então pelo deliciosamente cremoso. Uma receita do programa Entre Pratos com Henrique Sá Pessoa. A propósito...será que alguém me pode dizer qual é o superlativo absoluto sintético de cremoso?

Ingredientes:

3 curgetes
2 dentes de alho
3 colheres de sopa de azeite
10 folhas de manjericão
Sal q.b.
Parmesão ralado q.b.
Natas q.b.
Água q.b.

Lavar as curgetes e cortá-las em cubos (não descascar!). Refogar ligeiramente as curgetes no azeite. Juntar o alho esmagado e picado e as folhas de manjericão. Cozinhar 1 ou 2 minutos. Adicionar água quente (coloquei o suficiente para cobrir as curgetes) e sal. Deixar cozer e triturar. Só um parêntesis: a receita original diz para coar as curgetes e passá-las, ou seja, rejeita-se a água, os alhos e o manjericão. Eu optei pela reciclagem: usei tudo. E, como já devem ter percebido, gostei muito do resultado. Achei esta sopa tão cremosa que nem quis colocar natas, nem parmesão. Quem quiser, poderá adicioná-los antes de servir, ou no momento de servir, em jeito de decoração.

14/11/07

Folhados endiabrados


Gosto muito de uns pastéis cabo-verdianos com uma estaladiça massa de farinha de milho e batata-doce, recheados com atum e muito picante. Chamam-se “pastéis com o diabo dentro”. O recheio dos meus folhados, feitos para aproveitar uma embalagem de massa com o prazo “por um fio”, lembrou-me esses pastéis, daí o nome.

Ingredientes:

2 latas de atum (240 g)
2 ou 3 tomates (usei enlatado)
1 cebola
2 dentes de alho
Tiras de pimento vermelho e verde (a gosto)
2 malaguetas secas
(nada de malaguetas pequenas, ou então não ficam endiabrados!)
Azeite q.b.
3 colheres de sopa de vinho branco
Sal q.b.
1 mão-cheia de coentros picados
Massa folhada (usei uma embalagem de 300 g, com 6 quadrados de massa refrigerada)
Gema de ovo para pincelar

Refogar a cebola em azeite, juntar o pimento e cozinhar um pouco. Adicionar o alho e, quando estiver dourado, juntar o vinho, o atum, o tomate, o vinagre, as malaguetas picadas e o sal. Deixar apurar (e evaporar o molho). Juntar os coentros picados, depois de apagar o lume. Deixar o preparado arrefecer um pouco, antes de rechear cada folhado com uma dose generosa de recheio. Fechar os folhados e pincelá-los com gema de ovo. Levar ao forno, pré-aquecido, durante 15 minutos a 200 graus. Servir com salada.

12/11/07

Variações a partir de sopa Malaia


Esta sopa foi feita a partir de uma receita de uma sopa malaia de frango. Contudo, não me atrevi a manter-lhe o nome, pois fiz-lhe uma série de alterações e temia que algum malaio que soubesse português me acusasse de deturpação (imaginem que a Migas comentava com um dos amigos malaios…a vergonha que eu ia passar!).
Antes da receita, outras variações de que me lembrei: experimentem substituir o frango por peixe ou camarão; aos incondicionais dos legumes, proponho que, em vez de carne, utilizem cogumelos, milho, cenoura, aipo, ou outros vegetais de que gostem. Enfim...dêem largas à imaginação, porque esta sopinha tem uma base mesmo deliciosa.

Ingredientes:

½ ou 1 chávena de frango grosseiramente picado (cru ou cozinhado)
100 g de massa de arroz ou noodles
(a quantidade já está aqui corrigida, pois exagerei na massa, como se vê na foto)
2 dentes de alho
1 colher de sopa de gengibre ralado
1 cebola pequena
½ alho francês
½ pimento vermelho
1 colher de sopa de azeite
1 litro de água
1 cubo biológico de caldo de legumes
3 colheres de sopa de polpa de tomate
¼ chávena de pasta de coco ou ½ chávena de leite de coco
Umas gotinhas do molho picante que tiverem lá em casa
Salsa ou coentros picados para guarnecer (esqueci-me!)
sss
Cortar a cebola e o pimento em cubos com cerca de 1 cm (1 dedo de espessura). Cortar também o alho francês em rodelas de 1 cm. Numa caçarola, estufar o alho, o gengibre, a cebola, o pimento e o alho francês durante 5 minutos. Juntar o frango, a água, previamente aquecida, o cubo de legumes, a polpa de tomate, o picante e o coco. Quando levantar fervura, baixe o lume e conte 10 minutos. Adicionar a massa: se for noodles, deixar ferver 2 ou 3 minutos até estarem cozidos, se for massa de arroz, pode-se apagar o lume e esperar entre 3 a 5 minutos até servir. Guarnecer com um cheirinho verde a gosto.

11/11/07

Bolo de maçã

Já começa a apetecer fazer um chá de fim de tarde com uma bela fatia de bolo, aqui fica a minha sugestão… Mais uma vez recorri aos livros da Vaqueiro (Receitas Básicas).

Ingredientes:
3 maçãs reinetas
3 colheres de açúcar
1 colher de chá de canela
200 g de margarina
200 g de açúcar
4 ovos
200 g de farinha

Coloca-se a maçã cortada em fatias finas num recipiente com açúcar e canela e deixa-se ficar 1 hora (eu costumo deixar ficar o tempo que demoro a preparar o resto da receita). Bate-se a margarina até obter um creme e junta-se o açúcar e os ovos inteiros, batendo entre cada adição. Por último adiciona-se a farinha peneirada. Deita-se o preparado numa forma de bolo inglês. Introduz-se as maçãs na massa verticalmente enterrando-as bem (nota: não colocar as maçãs muito juntas umas das outras pois dificulta a cozedura – convém ter massa suficiente para ligar o bolo). Cozer em forno médio, pelo menos 1 hora.

09/11/07

Creme de castanhas

Aqui fica outra receita para assinalar o S. Martinho. A Farófia publicou um prato salgado, como consigo ainda ser mais gulosa do que ela, coube-me a sobremesa. É um doce bem agradável, que faz em muito lembrar o leite de creme, mas com um suave sabor de castanhas. A Farófia disse-me que, inclusivamente, já viu uma receita similar, finalizada com açúcar queimado, tal como se faz com o leite de creme.

Ingredientes:

200 g de puré de castanhas
(castanha cozida, descascada e passada no passe-vite)
3,5 dl de leite
200 dl de natas (usei natas espessas)
4 colheres de sopa de açúcar
4 gemas
1 pau de canela
Casca de limão q.b.


Aquecer o leite com as natas, a casca de limão e o pau de canela (não deixar ferver). Entretanto, misturar bem o puré de castanhas, as gemas e o açúcar. Retirar a canela e a casca de limão da mistura de lacticínios. Juntar os dois preparados cuidadosamente para que as gemas não cozam. Levar ao lume, em banho-maria, mexendo sempre até engrossar. Verter em tacinhas, deixar arrefecer um pouco e finalizar como mais gostarem: canela, tirinhas de limão ou açúcar queimado.

08/11/07

Entrecosto com castanhas

Curiosamente, esta receita foi-me passada pelo vendedor do talho do supermercado Suportel no Centro Comercial da Portela (passo a publicidade, esta informação serve apenas para localizar a origem deste prato…), pois é habitual terem já o entrecosto temperado com as castanhas e nós temos a difícil tarefa de colocar no forno…O sr. do talho que não se chateie, mas acrescentei alguns temperos para dar mais sabor e um “toque” pessoal. Mais uma vez, é uma receita simples e rápida!

Ingredientes:
1,5 kg de entrecosto
1 cebola pequena
3 colheres de sopa de massa de pimentão
400 g de castanhas (usei das congeladas)
Azeite q.b
Sal
Pimenta
1 folha de louro
1 dl de vinho branco

O entrecosto deve vir cortado em tiras e depois em pedaços pequenos para tomar mais sabor. Num tabuleiro (se for de barro melhor) coloca-se a cebola cortada aos quadrados pequenos, o azeite, o entrecosto, a massa de pimentão, a folha de louro e tempera-se a gosto. Deixar marinar aproximadamente 30 minutos. Após este tempo junta-se as castanhas, vai ao forno cerca de 40 minutos (até as castanhas ficarem cozidas) e no meio do tempo regamos o entrecosto com o vinho branco.E já está!

Este prato pode ser acompanhado com uma salada simples de alface.

07/11/07

Esparguete no forno "guloso"

Esta é talvez das receitas mais fáceis e básicas que eu conheço, mas com melhor sucesso a nível do paladar! Não sei se é da cebola ou do tomate, mas este esparguete fica muito “guloso” (a minha amiga Pipoka conhece bem o termo…) o que nos dá vontade de comer e repetir e … repetir só mais uma vez… - embora saiba que não fica muito bem a uma cozinheira elogiar os seus próprios cozinhados, como a receita original não é minha (foi-me passada pela minha sogra e já tem muitos anos de existência), eu felicito o inventor!

Ingredientes:
400 gr esparguete
4 tomates médios
Polpa de tomate q.b.
1 cebola grande
2 ovos
5 salsichas alemãs
Azeite q.b.

Coze-se o esparguete, passa-se por água fria (para ficar solto e sem goma) e coloca-se num tabuleiro que vá ao forno. Numa frigideira faz-se o refogado com o azeite e a cebola cortada aos quartos médios (nem muito finos, nem muito grossos) e quando a cebola estiver transparente juntam-se os tomates cortados e a polpa de tomate. À parte cozem-se os 2 ovos. Até aqui bastante complicado, não? Por último, cobre-se o esparguete com o refogado da cebola e tomate, de seguida coloca-se os ovos cozidos cortados às rodelas e as salsichas cortadas em pedaços “grosseiros”. Vai ao forno até o molho do tomate começar a desaparecer e as pontas da cebola a queimar. Experimentem e deixem-me o vosso comentário! (só para ter a certeza se a receita é mesmo boa ou sou só eu que gosto muito…)
Nota: para quem não conhece esse sofisticado produto que são as salsichas alemãs, anexo uma imagem (não liguem à marca!)

06/11/07

Frango com pesto e molho agridoce


Muito se fala de cozinha de fusão… Talvez por isso, ou inspirada pelas chamuças internacionais da mrs. Pickles, num dos meus delírios culinários veio-me à ideia este prato que poderia bem ser denominado de ítalo-asiático (pomposo, não acham?).

Ingredientes:

300 g de peito de frango (2 peitos)
Pesto de pevides e manjericão (a receita está aqui)
2 colheres de sopa de molho de soja
1 ½ de mel
Água q.b. (para o molho)

Rechear os peitos de frango com o pesto (uma dose generosa) e colocar uns palitos para que fiquem bem fechados (não se esqueçam de os tirar antes de servir!). Aquecer o molho de soja com o mel, para que o mel se dissolva. Aconselho a que provem esta mistura antes de vertê-la sobre o frango, pois o molho de soja varia muito consoante a marca e, às vezes é muito salgado, sendo necessário adicionar-lhe água (foi o meu caso). Num pirex, colocar os peitos de frango, vertendo por cima o molho. Levar ao forno durante 15 minutos, coberto com papel de alumínio. Retirar o papel e levar mais 15 minutos ao forno.

05/11/07

Pesto à moda das chefs Fezoca e Agdá


“O seu a seu dono” já diz o ditado. Esta receita não é minha, mas adoptei-a logo, logo. Um pesto fora do comum. Inspirado no original italiano, reinterpretado pela cozinha tex-mex, tem um aroma bem português, com o pinhão a ser substituído pela bela da pevide e o manjericão a dar lugar aos coentros. Foi-me “apresentado” pela Fezoca e pela Agdá nas minhas incursões pelos respectivos – inspiradores e maravilhosos – blogues. Usei também esta receita com manjericão, em vez de coentros, e adorei. Uma excelente opção para o clássico pesto com pinhões, sobretudo porque nos dias que correm o pinhão custa um balúrdio.

Comi este pesto com massa, usei-o ainda numa sanduíche com fiambre de frango e também... depois publico aqui a receita!


Ingredientes:

1 chávena de chá de pevides (sementes de abóbora)
1 ramo de coentros (só folhas) ou manjericão a gosto
1 chávena de chá de queijo parmesão ralado
1 colher de sopa de suco de limão
2 dentes de alho (usei 1)
Azeite a gosto
Pimenta a gosto
Sal a gosto (não usei)


Torrar as pevides numa frigideira por 3 ou 4 minutos, mexendo sempre. Na picadora ou com a varinha mágica, triturar as pevides com os restantes ingredientes. Ir juntando o azeite, a pouco e pouco, de acordo com a consistência desejada, ou mais espesso ou mais ralo.

04/11/07

Bacalhau no forno com batatas cozidas

Esta receita de bacalhau já me foi passada pela minha avó e teve como origem uma receita de pescada no forno – como não sou grande apreciadora de pescada, agradeço a inovação. Desta vez, coloquei as fotos passo-a-passo! (Para mim torna-se mais fácil de explicar… e também vai criando apetite!). É mais uma receita de bacalhau para juntar às milhares já existentes... mas dá sempre jeito!

Ingredientes:
2 postas de bacalhau (previamente demolhado)
1 cebola grande
5 batatas médias/grandes
1 pacote de molho bechamel (500ml)
3 colheres de sopa de natas
1 gema de ovo
Azeite q.b.
Noz-moscada q.b.

Cozem-se as postas de bacalhau e as batatas (não deixar cozer muito para não se desfazerem). Numa frigideira faz-se um refogado com a cebola cortada às rodelas e junta-se o bacalhau desfiado. Após as batatas estarem cozidas, tira-se a casca e corta-se em rodelas, dispondo-as lado a lado na travessa que vai ao forno. Coloca-se uma camada com o bacalhau e cebola e por fim uma nova camada de batatas.Numa tigela, bate-se a gema de ovo com o molho bechamel e as natas, junta-se a noz-moscada e tempera-se com sal e pimenta. Cobre-se a travessa com este molho e vai a gratinar em forno médio (cerca de 20 minutos).

02/11/07

Abóbora assada com especiarias

Não pensem que esta é uma espécie de contribuição tardia para os festejos de Halloween. A abóbora é um legume que marca presença na minha cozinha praticamente todo o ano. Adoro o seu sabor adocicado, além disso, sou fanática por cor de laranja. O contraste do doce da abóbora com esta mistura de especiarias, fez as minhas delícias, neste excelente assado que poderá ser servido como entrada ou acompanhamento, quente ou à temperatura ambiente. Esta receita é do livro Na Cozinha com Jamie Oliver, tendo-lhe feito alterações mínimas (diminui o sal, eliminei a pimenta e aumentei o azeite).

Ingredientes:


1 abóbora com cerca de 1/ 1,200 kg (usei abóbora okaido)
2 colheres de chá de sementes de coentros
2 colheres de chá de orégãos secos
½ colher de chá de sementes de funcho
2 piripiris
½ colher de chá de sal grosso
1 dente de alho
1 ½ colher de sopa de azeite


Lavar, cortar ao meio e retirar as sementes da abóbora. Cortar a abóbora em fatias com cerca de 2,5 cm. Moer todas as ervas e especiarias num almofariz, juntar o alho e voltar a migar. Misturar este conteúdo com o azeite e pincelar as fatias de abóbora com este preparado. Colocar num tabuleiro com a casca virada para baixo e levar ao forno cerca de 30 minutos a 200 graus.

31/10/07

Chamuças internacionais


Num dos meus "passeios" ao supermercado, encontrei massa de arroz (rice paper), normalmente utilizado para "embrulhar" os famosos crepes chineses. Maravilhada com este achado e cheiinha de vontade de experimentar umas receitinhas vegetarianas, meti de imediato no cesto das compras e corri para casa para "experimentar" esta versátil massa. Depois de alguns quilómetros, e muitos "... hummm... vou fazer isto... Não!... afinal vou fazer aquilo!...", cheguei a casa e os crepes chineses vegetarianos acabaram transformados em chamuças internacionais: massa chinesa com carne portuguesa e tempero indiano.


Ingredientes:

Folhas de massa de arroz (rice paper)
Carne de vaca picada

Cebola picada

Alho picado

Caril em pó
Mistura de pimentas
Pimenta Caiena

Cominhos moídos

Açafrão moído

Pimenta da Jamaica

Azeite

Sal grosso

Salsa picada


Para o recheio, coloca-se numa panela os condimentos (caril em pó, mistura de pi
mentas, pimenta Caiena, cominhos moídos, açafrão moído, pimenta da Jamaica e sal grosso, tudo muito bem moído no almofariz) sobre um lume muito brando. Quando se começar a sentir os maravilhosos aromas das especiarias, acrescenta-se um pouco de azeite, a cebola picada, e o alho picado (nesta ordem). Depois de a cebola estar um pouco caramelizada (não deixar queimar o alho), junta-se a carne picada, mistura-se bem e antes que fique completamente cozinhada, acrescenta-se a salsa picada, tapa-se e desliga-se o lume. Enquanto a carne ganha sabor, prepara-se a massa de arroz da seguinte forma: mergulha-se, uma a uma, cada folha num recipiente com água morna e retira-se logo de seguida colocando-a em cima de um pano seco. Reserva-se cerca de 2 minutos. De seguida, recheia-se a massa e dobra-se de forma a criar um pequeno triângulo (ou outra forma que preferir). Depois, fritam-se as chamuças numa frigideira, com óleo bem quente, até ficarem douradas, retiram-se e colocam-se em papel absorvente antes de as servir. Eu acompanhei as chamuças com arroz basmati salteado com coentros e alho. Bom apetite!

29/10/07

Sopa exótica do Nilo


Esta receita encontrei-a aqui, ao procurar uma sopa de ervilhas fora do comum. Duas palavras captaram imediatamente a minha atenção: exótico e Nilo. A primeira por ser sinónimo de especiarias e aromas do médio oriente, a segunda por me fazer “ viajar” até rio Nilo, trazendo-me à memória a assombrosa paisagem das suas margens. Esta sopa é MARAVILHOSA, aconselho-a vivamente, sobretudo aos incondicionais de comida condimentada, como a do médio oriente ou a indiana.


Ingredientes:

1 chávena de ervilhas secas
(usei uma mistura de ervilhas amarelas e verdes)
2 colheres de sopa de azeite
1 cebola picada
3 dentes de alho picados
½ chávena de curgetes raladas
½ chávena de pimento vermelho picado
2 colheres de chá de gengibre ralado
2 colheres de chá de cominhos em pó
2 colheres de chá de coentros (sementes) em pó
2 colheres de sopa de brown sugar
7 chávenas de caldo de legumes (ou até mesmo água)
2 rodelas de limão
1 chávena de puré de tomate
¼ colher de chá de pimenta da Caiena
(fica picantinha, como eu gosto)
Sal e pimenta
(eu saltei esta parte, pois usei caldo de legumes)
4 colheres de sopa de coentros frescos picados
Natas para enfeitar


Demolhar as ervilhas no mínimo 2 horas (demolhei 4 horas). Lavá-las, retirar as cascas (as cascas saem por si, enquanto se demolha, pois estas ervilhas estão partidas ao meio) e escorrê-las. Aquecer uma colher de sopa de azeite e saltear a curgete e o pimento, cerca de 5 minutos. Reservar. Saltear o alho e a cebola na restante colher de sopa de azeite. Numa panela, deitar as ervilhas, a curgete com o pimento, o gengibre, os cominhos, os coentros em pó e o açúcar. Cobrir com a cebola e o alho. Juntar o limão, o caldo de legumes, o tomate e a pimenta da Caiena. Deixar levantar fervura, reduzir o lume, tapar e cozinhar durante 1 h ½ ou até as ervilhas estarem tenras (bastou-me 1 hora). A meio da cozedura, removi as rodelas de limão. Depois de cozidas as ervilhas, retirar a panela do lume e triturar a sopa. Se preferir uma sopa menos grossa, adicionar água quente a gosto (eu acabei por juntar mais 2 chávenas do que a receita original). Pode juntar os coentros picados antes ou depois de triturar a sopa. Servir com natas azedas, natas frescas ou iogurte.

Nota: fiquei na dúvida se se mediam as ervilhas (1 chávena) antes ou depois de demolhar, mas optei por medir antes de demolhar e penso que o resultado final é melhor, pois a relação legumes/temperos fica mais equilibrada.

28/10/07

Bolo de noz e caramelo (Nanda)


Espero que a Nanda me perdoe a liberdade de ter ido ao seu cantinho vascular e, não contente com a invasão, ainda me ter apoderado sem dó nem piedade da receita dela. Declaro-me inocente da acusação de adulteração da receita, segui-a à risca. Contudo, não posso deixar de me confessar culpada por ter reduzido o seu magnífico bolo a apenas meia dose…mas é que aqui em casa somos só 2 e havia sempre o risco de darmos cabo de uma dose inteira desta saborosa “bomba calórica”. Embora saiba que sou culpada do pecado da gula, aguardo um veredicto a meu favor!

Ingredientes:

125 g de manteiga
150 g de açúcar
3 ovos
150 g de farinha
2 colheres de chá rasas de fermento
3 colheres de sopa de vinho do Porto
½ chávena de nozes picadas grosseiramente
Sumo de ½ limão (era pequenito)
⅓ de chávena de caramelo

No modo de fazer, aproprio-me do texto da Nanda: “Misturar a manteiga com o açúcar até fica uma massa macia. Adicionar um ovo de cada vez e posteriormente a farinha peneirada com o fermento. Acrescentar as nozes e o vinho do Porto. Barrar uma forma com manteiga e polvilhar com farinha”. Esta parte é minha: Como o bolinho que fiz era mais pequenito (boa medida para uma forma de bolo inglês de 10x25 cm) foi ao forno 35 minutos. Volto a citar a Nanda: “ Desenformar ainda quente e verter o caramelo onde se juntou o sumo de limão.”

26/10/07

Feijão assado da ilha do Faial



Embora adore feijão, não estava nada inspirada para participar no rei da quinzena. Mas a leitura dos textos e maravilhosas receitas das talentosas Eliana e Marizé, deixou-me vontade de divulgar algum prato típico Ilha do Faial, de onde é originária a minha família (eu e a minha prima A. somos as únicas excepções). Então, lembrei-me do feijão assado à faialense, cuja particularidade é levar melaço de cana e o mais tradicional enchido açoriano (linguiça). Esta é uma tentativa de reproduzir uma receita familiar, que faz parte da minha memória, e que aproveitei esta ocasião para, pela 1.ª vez, confeccionar.

Recentemente, li um artigo na revista da SATA sobre a gastronomia açoriana e pude aprender um pouco da história deste prato. Por ser de fácil conservação (o melaço tem essa função), o feijão assado era recorrente na ementa dos marinheiros, tendo sido adoptado nos veleiros americanos da caça à baleia e posteriormente exportado para a culinária americana.


Ingredientes:
300 g de carne de porco



Refogar a cebola com o alho, juntar a linguiça, cortada às rodelas, e deixar que esta destile um pouco de gordura. Adicionar a carne, previamente cortada em cubos, e deixar cozinhar uns minutos, até ficar dourada. Juntar o tomate, o vinho e os restantes temperos. Enquanto se deixa a carne cozinhar, vai-se juntando água, pois deve ficar com algum caldo. Quando a carne estiver bem tenrinha, retirar o cravinho, a canela e a pimenta e misturar com o feijão. Verter esta mistura num recipiente de barro, espalhar o melaço por cima. Levar ao forno até apurar e o melaço ficar com um aspecto caramelizado (cerca de 30 minutos).

(usei pá de porco, mas habitualmente faz-se com entrecosto)
100 g de linguiça açoriana
(um enchido delicioso, praticamente sem gordura, temperado com massa de malagueta)
550 g de feijão manteiga cozido
1 cebola
2 dentes de alho
3 tomates (usei pelados)
1 colher de café de massa de malagueta
(esta massa tem um sabor peculiar que nunca encontrei em nenhum produto congénere, mas acima de tudo, serve para dar um toque picante à receita)
3 cravos-da-índia
5 grãos de pimenta da Jamaica
1 pau de canela
6 a 8 colheres de sopa de melaço de cana
Sal

24/10/07

Lasanha com espinafres e requeijão


(Please scroll down to read the recipe in English)

Todos os pretextos são bons para fazer – e comer - massa. Por isso, aproveitei o desafio da Verena do Mangia que te fa bene, a propósito do World Pasta Day, para publicar a receita de um dos clássicos da minha cozinha.
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Ingredientes:

250 g de lasanha fresca
450 g de espinafres congelados
5 dentes de alho picados
½ chávena de leite
2 requeijões de ovelha (400 g)
1 embalagem de molho bechamel (5 dl)
1 embalagem de natas (2 dl)
1 colher de chá de sumo de limão
Noz-moscada
Parmesão ralado
Azeite
Sal e pimenta


Dar uma fervura nos espinafres 3 a 4 minutos, escorrê-los bem e salteá-los em azeite com os dentes de alho picados. Juntar o leite, temperar com sal e pimenta e deixar cozinhar 1 ou 2 minutos. Coloco o leite para que os espinafres não fiquem muito secos e seja mais fácil misturá-los com o requeijão, que é o passo seguinte. Salpicar o fundo do tabuleiro com um pouco de natas, para a 1.º camada de lasanha não pegar. Colocar as folhas de lasanha, alternadas com o recheio (esta é a parte que todos conhecem!). Cobrir com o seguinte molho: o bechamel de compra, misturado com as natas, temperado com noz-moscada e limão. Verter este molho sobre a lasanha e polvilhar com parmesão ralado. Vai ao forno 30 minutos. Deixar arrefecer 10 a 15 m antes de comer (vá lá resistam, pois o sabor fica bem melhor).



Portuguese-Italian lasagne (with requeijão and spinach)

Any excuse is a good excuse to make (and eat) pasta. Therefore, I’ve seized Verena’s (Mangia que te fa bene) challenge to make and post my kitchen pasta classic, commemorating World Pasta Day. Requeijão is a traditional Portuguese cheese, similar to ricotta, made with sheep or cow whey. In this recipe, I’ve used the first one.
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Ingredients:
250 g fresh lasagne
450 g de frozen spinach
5 minced garlic cloves
½ cup milk
400 g requeijão
5 dl béchamel/white sauce
2 dl pasteurized cream
1 teaspoon lemon juice
Ground nutmeg
Grated parmesan cheese
Olive oil
Salt and black pepper

Bring spinach to boil for 3 or 4 minutes, draining them well. Sauté spinach with garlic in olive oil. Add milk and season with salt and pepper. Milk makes it easier to combine spinach and cheese, which is the following step. Spread a small amount of cream on the bottom of a pan. Then place the lasagne and spinach stuffing in layers. Cover with the following sauce: béchamel sauce, the remaining cream, ground nutmeg and lemon juice. Sprinkle with parmesan cheese. Bake for 30 minutes or until cheese is lightly brown. Wait 10/15 minutes until serving. Bom apetite (which means "Tuck in").
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Thanks mrs pickles for helping me in this translation!

23/10/07

Arroz doce cremoso


A pedido de várias famílias… pronto… apenas da minha amiga pipoka...lá fui eu fazer o meu arroz doce (não é que seja um sacrifício cozinhar, principalmente doces!).
A origem deste arroz doce é uma receita do Livro de Massas e Arroz da Vaqueiro com algumas adaptações minhas, fruto de várias experiências.
O arroz doce é uma sobremesa muito apreciada na família do meu R. (que é originária da zona de Coimbra – onde se faz o arroz doce sem ovos), o que aumenta o grau de exigência na confecção e nas críticas! Por este motivo, costumo fazer sempre esta receita utilizando o dobro dos ingredientes.


Ingredientes
50 g de arroz carolino (qualquer marca)
1 dl de leite (meio-gordo)
1 dl de água
1 casca de limão
100 g de açúcar
Canela para enfeitar


A receita é muito simples e o ingrediente principal é a paciência (pois o arroz demora cerca de 1 hora a fazer). Colocar a água numa panela. Quando começar a ferver junta-se o arroz bem lavado e escorrido, deixar cozer o arroz 3 a 4 minutos, mexendo sempre para não pegar. Ir juntando o leite (previamente fervido com a casca de limão), a pouco a pouco e mexendo. Quando o arroz tiver absorvido o leite, junta-se o açúcar e deixa-se ferver mais 5 minutos.
E já está! É nesta altura que fica um aroma na cozinha que nos dá vontade de começar a comer o arroz ainda quente mas, mais uma vez, paciência… quando o arroz tiver arrefecido colocamos a canela e agora sim, ao ATAQUE!!!

22/10/07

Creme de cogumelos com amêndoas


A sopa é uma presença assídua na minha ementa diária. No entanto, este é um prato que raras vezes é vítima dos meus ímpetos de criatividade gastronómica (não sei se isso será bom ou mau!), pois quase sempre o faço com uma base de abóbora, nabo e cenoura, variando depois as verduras que adiciono para “colorir”. Aproveito, assim, este blogue para começar a diversificar em matéria de sopas.


Ingredientes:

350 g de cogumelos
1 colher de sopa de manteiga (25 g)
25 g de amêndoas torradas e raladas
6 dl de caldo de legumes
(uso 1 cubo de caldo de legumes biológico, dissolvido em água)
4 dl de leite
3 colheres de sopa de natas
Noz-moscada
Sal e pimenta
Salsa picada para enfeitar

Limpar e laminar os cogumelos. Numa panela, derreter a manteiga e juntar os cogumelos. Quando começarem a largar água, tapar e deixar cozinhar 5 minutos. Juntar a amêndoa, o caldo de legumes e o leite (quentes), a noz-moscada, o sal e a pimenta. Tapar e deixar cozinhar 10 minutos, em lume brando. Triturar a sopa até ficar cremosa. Juntar as natas e aquecer a sopa, sem deixar ferver. Rectificar os temperos. Servir, finalizando com salsa picada.

21/10/07

Doce Halloween


Apesar de não ser uma tradição tipicamente portuguesa, tem-se vindo a celebrar o Halloween em Portugal de forma séria! Como este blogue trata de assuntos relacionados com culinária e não bruxarias, neste Halloween optámos por escolher um “doce” em vez de “travessuras” e qual o melhor doce para esta ocasião??? Doce de Abóbora com Amêndoas!!!

Ingredientes:

2 kg de abóbora amarela
1,6 kg de açúcar granulado branco
100 g de açúcar mascavado
1 Pau de canela
2 Copos de água
200 g de amêndoa laminada

Tirar a casca e as pevides da abóbora e cortá-la em cubos pequenos. Colocar estes cubos numa panela grande cobertos com os 2 tipos de açúcar, o pau de canela e os copos de água (para ajudar a desfazer a abóbora). Deixar ferver em lume brando cerca de 1 hora, até o doce fazer o conhecido “ponto estrada” (consiste em colocar uma colher de doce num prato raso, com o dedo traçar uma estrada no meio do doce e certificar que a estrada se mantém). Juntar a amêndoa laminada e já está!!!
Este doce é óptimo para comer com tostas, servido com requeijão (para entrada) ou à colher a ver um filme de terrror!!!