21/07/11

Dicas de Poupança

Aqui estão reunidas algumas das dicas de poupança que sugeri no âmbito do projecto 4 por 6.

A palavra-chave é diversificar: a fidelidade a um supermercado/hipermercado será boa para o bolso de alguém, mas não é para o nosso certamente... Convençam-se!



Uma das técnicas de marketing baseia-se no princípio de que o consumidor comum só decora o preço de meia dúzia de produtos. O valor desses produtos é criteriosamente decidido para nos fazer crer que “aquele” é o supermercado/hipermercado mais barato... e então o preço dos restantes produtos (a maioria)? Alguém se lembra? Não é preciso decorar os preços, nem fazer excursões de fim-de-semana a todos os supermercados da região, mas é sempre bom ter estas técnicas em mente para estar atento cada vez que se vai às compras.


Outra coisa: quando vão ao supermercado, não desprezem os produtos que estão nas prateleiras mais difíceis de alcançar, normalmente é aí que são colocados os mais baratos.


Consuma os produtos da estação: são mais económicos do que os fora de época. É bom para a carteira e para o meio ambiente.


Corte nas proteínas animais: a redução da carne, ou melhor, da proteína animal, é uma boa forma de poupar. Use a carne e o peixe como “condimento” e dê aos vegetais, cereais e legumes o seu merecido protagonismo.


Fique de olho nas promoções: tenham atenção aos folhetos promocionais dos supermercados e aproveitem para fazer as receitas da semana com esses produtos. Se forem produtos com prazos de validade alargados (queijo, café, por exemplo), podem inclusivamente comprar umas quantas embalagens, mesmo que não seja para uso imediato.


Faça uma lista: esta ideia não é original, mas muita gente não a pratica. Antes de ir ao supermercado faça uma lista com as coisas de que realmente precisa. Depois, compre sem se deixar cair em tentações!


Veja o preço por quilo: antes de decidir entre dois produtos similares, repare sempre no preço por quilo. Quantas vezes não levamos para casa o mais caro, porque impulsivamente escolhemos a embalagem mais barata? Ao chegar a casa lá nos apercebemos de que a embalagem mais barata tinha 150 g de produto e que a que ficou no supermercado, afinal, tinha mais quantidade e, por isso, era mais acessível.


Compre marcas brancas: deixem de lado o preconceito - as marcas próprias dos supermercados não são inevitavelmente de má qualidade. O Pingo Doce, por exemplo, oferece uma selecção de massas frescas e secas de boa qualidade. Já o Lidl destaca-se pela oferta de queijos, pelo salmão fumado – recentemente li, numa revista inglesa, elogios ao chocolate para culinária deste supermercado.


O meu conselho é: experimentem (de quando em vez lá se apanha um barrete, mas compensa pela quantidade de coisas boas e baratas que descobrimos). Peçam a opinião aos amigos, passem a palavra quando determinado produto vos agradar...


Embalagens XL. Sim ou não? A compra de produtos em embalagens de tamanho familiar é, regra geral, uma opção mais económica e mais ecológica (menos embalagens = menos lixo). Mas atenção: olhem para a etiqueta do produto e reparem no custo por litro/quilo, para verificar qual é realmente o mais barato. É que, de quando em vez, os supermercados trocam-nos as voltas.


Além disso, se existem produtos cuja aquisição em grandes quantidades é um bom investimento – azeite, óleo, detergentes... -, outros há cuja compra em versão XL pode revelar-se um mau negócio, por serem bens rapidamente perecíveis - iogurtes, algumas frutas e legumes...


Use a panela de pressão: é uma excelente aliada de quem não tem tempo nem dinheiro para desperdiçar: torna a cozedura 3 vezes mais rápida, poupando-se assim energia. Além disso, conserva o sabor e os nutrientes dos alimentos.


Se a usarmos de acordo com as normas de segurança, correrá tudo bem... E as regras são: não usar demasiada água (encher apenas 2/3 do volume) e só retirar a tampa depois de todo o vapor se ter libertado.


Opte por leguminosas secas: é mais económico comprar leguminosas secas e depois cozê-las, do que comprá-las em lata. Ficam mais saborosas (tempera a seu gosto), mais saudáveis (sem conservantes, nem excesso de sódio) e muito, mas mesmo muito, mais baratas. 500 g de feijão seco vai resultar em cerca de 1250 kg de feijão cozido (a relação é de 1 para 2,5 ou 3). Na receita que aqui vos proponho, 100 g de feijão cozido custou 6 cêntimos. Não se esqueçam de que também é mais ecológico cozinhar o feijão (de preferência na panela de pressão, pois é mais rápido e gasta menos energia) do que comprar em lata.


Informação é poder: a Internet é uma poderosa arma de informação, pesquise nos sites de gastronomia e culinária, opiniões sobre os produtos e os preços; os estudos da DECO, muitos deles divulgados nos jornais e no site desta associação, são uma boa fonte de informação para quem quer poupar, sem fazer cedências na qualidade.


E sobretudo, não desperdice!


a) Conserve ervas aromáticas: muitas vezes esquecemo-nos das ervas aromáticas no frigorífico e quando damos por elas estão estragadas. Para evitar que tal aconteça, poderá secá-las, conservá-las em azeite ou congelá-las.


b) Aproveite o pão: não deite fora o pão duro, aproveite-o para usar numa açorda, ou numas almôndegas, ou então toste-o e rale-o.


c) Aproveite os restos: há imensos pratos que são por excelência os “reis” dos aproveitamentos: use os molhos para fazer arroz, não deite fora a água da cozedura do peixe (dá excelente caldo para arroz de marisco!), use os restos de peixe, carne ou legumes para fazer empadão, tartes ou empadas.

04/04/11

Quadrados Rafaello (bolo de coco com creme de baunilha)

Quadrados Rafaello

Como apreciadora de coco (em doces e salgados), este bolo cativou-me assim que o vi no blogue Café Chocolada. Depois de o fazer – e comer – fiquei completamente conquistada. Gostei da leveza dele e, sobretudo, do contraste coco/baunilha (delicioso!), uma dupla de sucesso.Em culinária, há muitos casamentos perfeitos: nos doces, não resisto a chocolate com café e maçã com canela, já nos salgados, um queijo forte, tipo Roquefort, conjugado com pêra ou uns figos com presunto, tiram-me do sério... E quanto a vocês? Qual é a conjugação de ingredientes que mais apreciam?


Ingredientes para o bolo:


5 claras
250 g de açúcar
100 g de coco ralado
(mais um pouco para enfeitar)
100 g farinha
2 colheres de chá de fermento
1 chávena de leite (240 ml) para molhar o bolo depois de cozido


Aquecer o forno a 180 graus. Bater as claras com o açúcar até ficarem duras. Misturar o coco, a farinha e o fermento (esta operação pode ser feita manualmente ou pode usar a batedeira na velocidade mais baixa, para que a massa não abata). Levar ao forno num tabuleiro, previamente untado*(sei spray desmoldante), durante 20 minutos até o bolo ficar ligeiramente dourado. Deixar arrefecer ligeiramente, verter o leite morno por cima do bolo. Só cobrir quando o bolo e o creme estiverem completamente frios. Costumo levar o creme ao frigorífico antes de cobrir o bolo. Cortar aos quadrados e servir.
*tabuleiro de 23x33, segundo a receita original; usei um de 28x30, fica o bolo mais fino, mas gosto assim.


Creme de baunilha*:


5 dl de leite
5 gemas
100 g de açúcar baunilhado
30 g de amido de milho (Maizena)


*Não usei a receita do Café Chocolada, pois a proporção leite/farinha é desajustada (comproveio-o), além disso levava demasiada gordura (1 pacote de manteiga). Assim, optei por adaptar a minha receita de leite de creme.


Tradicional: ferver o leite. Numa caçarola, misturar o açúcar e a farinha e adicionar, a pouco a pouco, o leite. Levar ao lume, mexendo sempre, até engrossar. A pouco e pouco, juntar esta mistura às gemas, previamente batidas. Verter o creme para a caçarola e levar ao lume apenas 2 minutos (para cozer as gemas), mexendo sempre.


Bimby_thermomix: juntar todos os ingredientes pela ordem indicada. Programar 15 seg/vel 3 ½. Depois, marcar 12 min/90 graus/vel 2.

30/03/11

Panna Cotta de iogurte e erva príncipe (ou pudim?)

pannacotta de iogurte e erva-príncipe_3
Esta panna cotta foi feita com talos de erva-príncipe (na imagem, à direita),
mas também podem usar chá príncipe (à esquerda)



Panna cotta ou pudim? Antes que a brigada dos bons costumes culinários me critique, deixo aqui a seguinte informação: tenho plena consciência de que panna cotta quer dizer natas cozidas. Eu sei, mas não me parece crime lesa culinária usar essa denominação para esta sobremesa com crise de identidade.

Até porque a ideia da receita partiu de uma panna cotta de erva-príncipe, que vi na revista do Continente de Fevereiro ou Março, à qual se juntou um gelado de iogurte e erva-príncipe, indicado pela Mariana. Deu-me logo vontade de fazer uma panna cotta (ou será um pudim?) que sintetizasse os sabores das duas receitas.

Ingredientes:

1 pacote de natas pasteurizadas (2 dl)
2 dl de leite meio-gordo
4 iogurtes simples sem açúcar escorridos,
o que dá cerca de 1 1/2 chávena de iogurte espesso.
80 g de açúcar
2 talos de erva-príncipe
(ou chá príncipe: segundo a minha amiga Moira
que já testou a receita, usa-se 1 colher de sopa de chá príncipe)
1 pacote de gelatina em pó (6 g)
2 colheres de sopa de água para dissolver a gelatina
1 manga



Notas: Esta receita dá uma quantidade suficiente para encher 7 ou 8 copinhos de vidro de iogurte (125 ml) até 2/3, completando depois com a manga.

Os talos de erva-príncipe compram-se congelados nas lojas asiáticas do Martim Moniz (há uma no Poço do Borratém, em frente às novas instalações do Brás e Brás). Caso não tenha possibilidade de adquiri-las, use chá príncipe (1 colher de sopa).

Os iogurtes devem ser deixados a escorrer cerca de 3 horas pelo menos. O líquido que libertado pode ser usado para fazer pão. Pode usar iogurte grego, se quiser agilizar o processo.

Confecção: num tacho pequeno, deitar as natas, o leite, o açúcar e os talos de erva-príncipe cortados grosseiramente (ou a erva-príncipe seca para chá, já que a fresca, que se encontra no supermercado junto das outras ervas frescas, não deixa um sabor tão intenso). Deixar levantar fervura, mexendo regularmente, para que ganhe o aroma da erva-príncipe. Deixar repousar 10 ou 15 minutos. Coar a mistura e descartar os talos. Entretanto, misturar um pouco de água fria à gelatina e deixar repousar 2 ou 3 minutos (são estas as instruções que vêm na embalagem). Juntar a gelatina à panna cotta, levar um pouco ao lume (brando) até dissolver a gelatina. Deixar esfriar um pouco e juntar o iogurte. Misturar e verter para copinhos ou formas. Levar ao frigorífico pelo menos 4 horas. Na hora de servir, finalizar com manga cortada em cubos.

27/03/11

Conte-me a sua receita... Um domingo perfeito (bolo de laranja da minha mãe)

bolo de laranja da minha mãe


Eram 6 dias à espera daquele momento de felicidade. Durante a semana, era certo e sabido: à hora de levantar tínhamos fita."Ó Isabel, já são horas!", dizia o meu pai. E eu, choramingando, respondia "É só mais um bocadinho". Mas ao domingo, era a primeira a saltar da cama. Impelia-me a promessa de um dia especial. 

Domingo era quase sempre dia de cinema. E lá íamos os 2, pai e filha, no Fiat 127 vermelho, rumo ao cinema Caleidoscópio. Chegávamos sempre 1 hora antes da sessão infantil começar. O meu pai comprava-me o bilhete, dávamos uma volta num barquinho a remos do lago do Campo Grande. "Já são horas!". Lá íamos os dois de mão dada até à sala de cinema. Sentava-me ansiosa, as luzes apagavam-se... E a magia acontecia.  Uns domingos as gargalhadas eram provocadas pelo sarcástico Bugs Bunny ("What's up, Doc?"), outros pelo Daffy Duck com a sua voz sopinha de massa, ou pelo Mr. Magoo, que escapava miraculosamente incólume às situações de perigo impostas pela sua miopia.

Domingo era quase sempre dia de bolo de laranja. Depois do almoço, começava a contagem decrescente para o segundo momento alto do dia. Lá pelas 15h, a minha mãe chamava-me. "Isabel, vamos fazer o bolo!". Pesar os ingredientes, separar as gemas das claras, peneirar a farinha, lá ia eu cumprindo as minhas tarefas, sob o olhar encorajador da minha mãe. "Bate até fazer bolhinhas", dizia."Já está, mãe!". O bolo ia para o forno e saía de lá bem quentinho, pronto a receber a calda de laranja, pronto a ser cortado em quadrados, pronto a ser comido. Mas, mais do que comê-lo, a minha maior recompensa era rapar a tigela com o "salazar" e lamber os restos de massa crua. 

Hoje é domingo, não fui ao Caleidoscópio, porque lá já não há sessões infantis, nem passa filme algum, aliás... Mas fiz o bolo, exactamente na mesma forma rectangular de alumínio, saiu meio torto, tal como acontece há mais de 35 anos, e soube-me bem, como sempre. 


Ingredientes:

150 g de farinha
150 g de açúcar
125 g de manteiga
3 ovos
2 colheres de chá de fermento
2 laranjas
2 colheres de sopa de açúcar para a calda


Separam-se as gemas das claras. Bate-se o açúcar com as gemas até ficar uma mistura esbranquiçada. Junta-se a manteiga amolecida (antigamente, amolecia-se em banho-maria, agora é mais prático usar o microondas ;-)). Bate-se bem. Junta-se a raspa e o sumo de 1 laranja. Mistura-se a farinha peneirada com o fermento e, por fim, envolvem-se as claras em castelo. Verte-se a massa para uma forma rectangular, ou quadrada, previamente untada com manteiga e farinha. Leva-se ao forno pré-aquecido 180º até ficar cozido. Entretanto, faz-se a calda com o sumo de 1 laranja e 2 colheres de sopa de açúcar, levando ao lume até dissolver o açúcar. Com o bolo ainda quente, pica-se com um palito e deita-se a calda de açúcar. Cortar o bolo aos quadrados e servir. 

Este post foi escrito no âmbito do desafio "Conte-me a sua receita", promovido pela RTP e pelo blogue Cinco Quartos de Laranja, na semana em que foi lançado o livro Conta-me como foi - As receitas da família Lopes. Não poderia deixar de participar, quer pela amizade que me liga à Laranjinha, quer para homenagear uma das melhores séries portuguesas de sempre, Conta-me como foi

16/03/11

Baba Ganoush

Baba Ganoush (pasta beringela fumada)

Não sou especialista em comida do Médio Oriente, nem indiana, nem tailandesa, nem mesmo tradicional portuguesa, mas gosto muito de saborear estas gastronomias, e é como apreciadora que me posiciono. Nesse sentido, muitas vezes me questiono se estarei a atraiçoar alguma tradição gastronómica, alterando aqui ou ali algum ingrediente, transformando ligeiramente uma receita. Esta conversa tive-a há pouco tempo com a Mariana a respeito do hummus (fazer com ou sem iogurte). E, no Verão passado, lembro-me de a ter com a Manuela, a propósito de comida indiana (usar ghee ou substituir por uma mistura de óleo e manteiga).

Não sou de purismos, pois acho que podemos adaptar ao nosso gosto receitas tradicionais, desde que não estraguemos o “espírito” da coisa... Mas para fazê-lo não será importante saber como é feito originalmente? Mudar com algum conhecimento na matéria? Afinal, para criar uma pintura abstracta é importante dominar as técnicas da pintura clássica, para “desconstruir” é preciso saber como é “construído”. Na verdade, até a criatividade – a priori território da absoluta liberdade – acaba por obedecer a algumas regras. E vocês? Acham que existe algum limite no que toca a recriação de receitas tradicionais? O caldo verde do Nigel Slater será “mesmo” caldo verde (discussão que ontem teve lugar no Facebook do Caos na Cozinha)? Este baba ganoush será mesmo legítimo?

Ingredientes:

Beringela (cerca de 200 g)

2 colheres de sopa de tahini
1 dente de alho
Sumo de 1/2 limão
Cominhos em pó
Piripiri
Sal
Salsa picada

Para enfeitar:
Azeite
Sumac ou pimentão-doce (facultativo - isto já é "traição")

O sabor fumado da beringela é mais acentuado se a fizer no churrasco ou se a grelhar no bico do fogão (como fazemos os pimentos assados). No caso de ter placa, terá de recorrer ao forno, preferencialmente usando a função grill.

Grelhar a beringela (cortei a minha em 4 pedaços) no bico do fogão, até que a polpa fique mole e a casca preta e encarquilhada. Deixar arrefecer e retirar a casca. Se a polpa tiver pedaços demasiado queimados, retire-os.


A pasta pode ser preparada no robô de cozinha ou com a varinha mágica, mas há quem defenda que isso é traição e que deverá ser tudo misturado manualmente (com um garfo, por exemplo). Deitei todos os ingredientes (com excepção do azeite e do sumac) na Bimby velocidade 5 até obter uma pasta. Verifique os temperos e o sumo de limão. Coloque no recipiente de servir e, por cima, regue com um pouco de azeite e polvilhe com sumac ou pimentão.

10/03/11

Pasta de feijão e tomate

pasta de feijão e tomate

Há receitas que surpreendem pela relação esforço/sabor, nesta o esforço é mínimo e o sabor é máximo, sem dúvida. A receita original (do livro Canapés) era feita com tomate seco em óleo e mais uma série de ingredientes. Mas decidi meter-me por atalhos e usei pesto de tomate de compra. Felizmente, não me meti em trabalhos, pois os convivas apreciaram o resultado (pareceu-me ;-)).

Embora o pesto caseiro seja fácil de fazer, a verdade é que tenho sempre 1 ou 2 frascos de compra para qualquer eventualidade. O genovês (manjericão e pinhões) dá jeito usar em saladas, sopas e molhos (sobretudo quando não temos facilidade em arranjar manjericão fresco ou quando não estamos com vontade de gastar uma pipa de massa em pinhões). Quer o tradicional, quer o de tomate são bons para preparar entradas, como esta pasta.


Ingredientes:


400 g de feijão branco cozido (ou enlatado, o que equivale a uma lata pequena)
2 colheres de sopa de pesto de tomate (de compra ou caseiro)
1 dente de alho (facultativo)


No robô de cozinha, juntar o feijão, o pesto de tomate e o dente de alho. Triturar até ficar uma pasta homogénea (na Bimby use a velocidade 5). Esta pasta pode ser feita com 2 ou 3 dias de antecedência. Se a fizer no dia em que a vai consumir, convêm reservá-la no frio pelo menos meia hora para apurar.

04/03/11

Pizza de pêra com Roquefort e nozes

Foto gentilmente cedida por Cinco Quartos de Laranja

Sempre gostei de queijos fortes. Lembro-me de que, com 4 ou 5 anos, atirava-me com unhas e dentes a um pedaço de queijo S. Jorge daqueles bem intensos com um picante acentuado. Nessa época não tinha acesso ao Roquefort, nem aos chamados queijos azuis (Cabrales, Gorgonzola, Stilton, Danish blue), mas assim que experimentei fiquei rendida. Gosto particularmente da conjugação do Roquefort com a pêra e as nozes, com o seu contraste salgado/doce. Por isso, quando fui convidada para um animado jantar de pizzas, veio-me logo à ideia este trio de ingredientes. Até porque me trazem à memória um jantar com a Laranjinha e a Marizé no restaurante lisboeta Buenos Aires, onde experimentámos uma magnífica salada de endívias, pêra e Roquefort.


A massa da pizza, nestes jantares temáticos, é sempre da responsabilidade do Ricardo, que a executa na perfeição.


Ingredientes:


3 peras Rocha maduras
100 g de queijo Roquefort (ou outro queijo azul)
2 ou 3 colheres de sopa de natas (ou de leite)
Nozes a gosto


Lavar muito bem as peras e retirar-lhes o pedúnculo. Não é preciso descascar a fruta. Cortar em fatias finas. No microondas, derreter metade do queijo (50 g) com um pouco de natas. Mexer até que fique uma pasta homogénea. Barrar a base da pizza com este molho, dispor as fatias de pêra, por cima, esfarelar o resto do queijo e finalizar com as nozes picadas grosseiramente. Levar ao forno e servir acompanhada com uma bela salada.

28/02/11

Bombons de chocolate branco e limão para a Laranjinha

bombons choco branco




Aqui há uns tempos, a querida Laranjinha perguntou "O que faz um bom blogue de culinária?".
Desde então, tenho andado a cogitar... Boas receitas, fotografias apetitosas, um layout elegante, uma prosa agradável, a regularidade das publicações? Não sei muito bem. Há blogues com estes cinco ingredientes e que, no entanto, não me cativam. Outros há que, usando os mesmos elementos, imediatamente me conquistam... 

O Cinco Quartos de Laranja é um dos meus vícios. Talvez porque a estes cinco componentes, a Laranjinha junte alguns ingredientes especiais que enchem o seu blogue de alma. Arrisco dizer que a receita leva uma dose generosa de paixão e um outro tanto de empenho, muita genuinidade e rigor, uma mão cheia de curiosidade (num sentido gastronómico e filosófico), tudo temperado com boa disposição. Mas, as receitas são muito mais do que ingredientes e quantidades. Por isso, vou continuar a seguir de perto a chef  Laranjinha para tentar descobrir os ingredientes secretos desta poção mágica que me encanta faz este mês cinco anos. 

Parabéns pelo aniversário do Cinco Quartos de Laranja e aqui segue a minha receita com cinco ingredientes para participar no desafio lançado pela Laranjinha! 




Ingredientes:



200 g de chocolate branco
Casca de 1 limão (só parte amarela) ou raspa
30 g de bolachas Maria
40 g de natas
Coco ralado para enfeitar


Thermomix_bimby:


No copo, colocar as bolachas Maria e a casca de limão. Programar 10 seg/vel 6. Retirar e reservar. Colocar o chocolate e dar 2 golpes turbo. Depois, ralar 5 seg/vel 9. Juntar as natas e programar 3 min/70 graus/vel 2. Juntar a bolacha ralada e misturar 10 seg/vel 4 (ou até ficar uma pasta homogénea). Levar ao frigorífico para que arrefeça e ganhe consistência, de modo a que se possam moldar os bombons. Moldar os bombons e passá-los pelo coco ralado. Colocar os bombons em formas de papel.

Tradicional:


Derreter o chocolate branco no micro-ondas juntamente com as natas durante uns segundos. Misturar a bolacha Maria triturada e a raspa de limão. Misturar bem. Levar ao frigorífico para que arrefeça e ganhe consistência, de modo a que se possam moldar os bombons. Moldar os bombons e passá-los pelo coco ralado. Colocar os bombons em formas de papel.

Sugestão: se preferir, coloque a pasta de chocolate em forminhas de silicone para bombons (a revista sugeria corações, pois era dedicada ao dia dos namorados), leve ao frigorífico até solidificarem. Desenforme e sirva.

Fonte: receita de bombons de limão, revista Bimby – Momentos de Partilha, 2.ª série, n.º 03.

11/02/11

Soufflé de couve lombarda com queijo

suflé queijo e couve-lombarda 3


Um destes dias falei aqui de técnicas culinárias e receitas que tenho alguma dificuldade em dominar, embora algumas delas sejam relativamente fáceis para a maioria das pessoas, Com os soufflés acontece-me precisamente o contrário... Normalmente, saem-me bem! Não me perguntem porquê, mas a verdade é que nunca me aconteceu uma daquelas "desgraças" do soufflé abater subitamente assim que sai do quentinho do forno. Este até resistiu estoicamente ao frio da marquise onde costumo tirar as fotografias. E vocês costumam-se ajeitar com os soufflés?




Ingredientes:


100 g de queijo
(usei uma mistura de emental e parmesão)
500 g de leite
50 g de farinha
4 ovos
300 g de couve lombarda
Sal e pimenta a gosto


Bimby_thermomix:


Corte a couve lombarda em juliana (não é preciso ficar fina, pode ser grosseiramente). Ralar o queijo 5 seg/vel 9. Reservar. Cozinhar a couve lombarda na Varoma durante 15 minutos. Reservar. Coloque o leite no copo, a farinha, a manteiga e programe 6 minutos/90 graus/vel 4. Adicione o queijo ralado, metade da couve lombarda, tempere e triture 5 seg/velo 5. Incorpore a restante couve e envolva com a espátula. Bata as claras em castelo (não uso a Bimby porque pela experiência que tenho as claras não ficam com a mesma consistência do que se forem batidas na batedeira e também não aguentam muito tempo firmes). Se ainda assim, preferir bater as claras na Bimby, então retire a mistura com a couve lombarda e reserve, lave e seque bem o copo, coloque a borboleta e bata as claras com limão e sal durante 4 m/vel 3. Envolva as claras batidas na mistura de couve com bechamel. Coloque esta massa num ramequim untado com manteiga (pode fazer doses individuais, colocando em ramequins pequenos). Levar ao forno pré-aquecido a 180 graus durante 30/35 minutos. Se usar ramequins pequenos terá que reduzir o tempo de forno para cerca de 20 minutos.


Tradicional


Corte a couve lombarda em juliana (não é preciso ficar fina, pode ser grosseiramente). Cozinhar a couve lombarda ao vapor (é melhor cozer ao vapor para a couve não absorver demasiada água). Reservar. Numa caçarola, faça o molho bechamel: derreta a manteiga, incorpore a farinha e, por fim, adicione o leite morno a pouco e pouco, mexendo sempre. Adicione o queijo ralado e a couve lombarda, tempere a gosto. Bata as claras em castelo e envolva-as no bechamel. Coloque esta massa num ramequim untado com manteiga (pode fazer doses individuais, colocando em ramequins pequenos). Levar ao forno pré-aquecido a 180 graus durante 30/35 minutos. Se usar ramequins pequenos terá que reduzir o tempo de forno para cerca de 20 minutos.


Servir o soufflé acompanhado por salada.


Receita adaptada a partir do Soufflé de bróculos com milho do livro base da Bimby.

suflé queijo e couve-lombarda 2

07/02/11

Frango assado com molho de maçã e natas

Frango assado com molho de maçã e natas


Há uns 20 anos provei esta receita em casa de um amigo, feita por uma amiga dele que tinha passado 6 meses na Escócia e que nos queria mostrar um pouco da gastronomia que por lá tinha experimentado. Lembro-me de que adorei o molho, na altura, achei-o fora do comum e surpreendeu-me a sua conjugação com o frango assado... Os sabores ficaram sempre na minha memória até que, recentemente, decidi recuperar a receita e lá foi experimentando combinações e quantidades até chegar ao paladar desejado. Este frango assado é muito fácil de fazer e o molho que o acompanha é um sucesso garantido. Experimentem!



Ingredientes:


1,250 a 1,500 kg de frango
(usei coxas e pernas)
1 cebola
3 dentes de alho
5 ou 6 hastes Alecrim
2 maçãs reinetas
1,5 a 2 dl de vinho branco (2 dl)
Sal
30 g de manteiga
50 ml de natas


Num tabuleiro, dispor a cebola cortada em meias-luas, os alhos esmagados e as hastes de alecrim. Por cima, colocar o frango (ou os pedaços de frango) e a maçã reineta descascada e cortada em fatias. Juntar o alecrim. Verter 1,5 dl de vinho. Salpicar com sal grosso. Por fim, espalhar a manteiga em cubinhos, colocando alguns no molho e outros em cima do frango (apara que a pele fique brilhante e tostadinha). Levar ao forno pré-aquecido a 180 graus cerca de 1 hora ou até que o frango fique tostadinho. De vez em quando, regue o frango com o molho e, caso seja necessário, deite um pouco mais de vinho branco. Depois de cozinhado, reserve o frango e triture o molho no robô de cozinha ou na varinha mágica, juntando as natas. Servir o frango com o molho, acompanhados por puré de batata.

21/01/11

Lombo assado recheado com morcela e puré de castanhas

lombo recheado com morcela e puré de castanhas


Apesar de achar que até me safo bem na cozinha, existem pratos que tenho receio de fazer. Sou uma cozinheira um tudo ou nada impaciente, característica que me atrapalha quando o cozinhado exige alguma perícia e calma. Daí que enrolar tortas, rechear carne, confeccionar leite-creme ou arroz doce, decorar bolos ou bolachas, fazer pão são tarefas que algumas vezes resultaram – ou resultam – em desastre. A minha relação com o fracasso não é nada pacífica, mas estou cada vez mais convencida de que a experiência (e o erro) é fundamental para ultrapassar barreiras.


De qualquer forma, enquanto vamos testando as nossas capacidades e enfrentando as dificuldades, podemos munir-nos de utensílios que facilitem certas empreitadas, recolher informação sobre as técnicas e ver como se aplicam – o youtube e os sítios de culinária com vídeos são excelentes aliados. Toda esta conversa vem a propósito de um lombo recheado... Estava apreensiva em fazê-lo (enrolar e atar, sobretudo), mas, no fim-de-semana, deitei mãos à obra. O rolo ficou catita e queria partilhar convosco a receita, bem como os vídeos que me ajudaram a ter êxito e a executar a empreitada com rapidez:

Vídeo com isntruções para cortar a carne para rechear.
Vídeo com instruções para a rechear, enrolar e atar.

Outra dica. A maioria das cozinheiras e cozinheiros amadores, como eu, testa a cozedura da carne a “olhómetro”. Muitas vezes compramos tantas (in)utilidades para a cozinha e esquecemos o fundamental: um termómetro para medir o grau de cozedura da carne. Com este objecto, que custa entre € 5 a €12, ganhamos em segurança (sabemos quando a carne atingiu a temperatura em que as bactérias foram eliminadas) e em sabor (garantimos que fica no ponto ideal de suculência).



Ingredientes:

1,5 kg de lombo de porco
250 g castanhas
150 g de morcela
(não aumente a quantidade de morcela, caso contrário irá sobrepor-se ao sabor da castanha)
1 cebola
5 dentes de alho esmagados
2 dl de vinho branco
2 colher de chá de massa de malagueta
(se quiser use massa de pimentão, mas aumente a quantidade para 2 colheres de sopa)
5 ou 6 hastes de alecrim
Sal
Água q.b.s
Não pus o lombo a marinar, pois não queria que o sabor dos temperos se sobrepusesse ao do recheio. Caso queiram marinar a carne, é usar os temperos que aqui apresento ou outros da vossa preferência.

Recheio: cozer as castanhas em 2 dl de água (não é preciso sal, pois a seguir vamos juntá-las à morcela que já tem tempero suficiente). Esmagar as castanhas com um pouco da água. O objectivo é fazer um puré que não fique demasiado espesso, mas no qual se sintam pedaços de castanhas. Retirar a tripa da morcela, desfazer o recheio e passá-lo por azeite. Misturar a morcela com o puré de castanhas.

Abra a carne de modo para que fique uma peça rectangular (como no primeiro vídeo acima mencionado). Se quiser saltar esta parte, peça no talho que lhe cortem a carne para rechear. Rechear com a pasta de puré de castanhas e morcela. Enrolar e prender com fio (como no segundo vídeo). Num tabuleiro de ir ao forno, fazer uma cama de cebola e juntar os alhos esmagados, o alecrim, o vinho e um pouco de água. Por cima, colocar o lombo. Barrar com a massa de malagueta (ou de pimentão) e com o sal grosso. Levar ao forno por 1h15/30 (quando a temperatura da carne atingir os 71 graus está pronto). Até a carne ganhar cor, manter o forno a 220 graus, depois baixar para os 200. Vigie o assado regularmente e vá regando a carne com os sucos da cozedura. Se for necessário, junte água para que o molho não seque.

Sugestões de acompanhamento: batatas assadas, puré de batata-doce, arroz árabe, esparregado ou grelos e nabiças salteados.

18/01/11

Biscotti de amêndoa e chocolate

biscotti amendoa choco

Sempre que me apetece uma receita (doce ou salgada) especial, descomplicada, que funciona sempre, feita com aqueles ingredientes que se têm sempre à mão, regresso ao livro Rachel's Favourite Food for Friends. Desta vez, escolhi estes biscotti e fiquei desde logo arrependida por não ter dobrado a dose, mas claro para dois seria um exagero...

Acompanhados por uma chávena fumegante de chocolate quente, estes biscotti são excelentes para saborear numa tarde fria e chuvosa, enquanto se assiste a uma excelente série (e se dão umas boas gargalhadas) ou se folheia um bom livro à procura de inspiração para as receitas ;-).

Ingredientes:



80 g de chocolate
60 g de amêndoas torradas
1 ovo
100 g açúcar
125 g farinha
½ colher de chá de fermento
1 colher de sobremesa de leite para pincelar
1 colher de sopa de açúcar para polvilhar




Thermomix_bimby:


Picar o chocolate grosseiramente, pressionando 3 vezes no botão turbo. Retirar do copo e reservar. Bater o ovo com o açúcar 1m30seg/vel. 4. Juntar a farinha e o fermento, programar 40 seg./vel. 4. Juntar o chocolate picado e as amêndoas inteiras (ou partidas ao meio), misturando 40 seg./vel. colher.


Num tabuleiro de ir ao forno, estender um tapete de silicone, por cima, ponha a massa e molde um rolo baixo com cerca de 4x28 cm. Caso use papel vegetal, antes de colocar a massa em cima do papel, molde o rolo numa superfície enfarinhada. Pincele o rolo com o 1 sobremesa de sopa de leite e polvilhe com 1 colher de sopa de açúcar. Leve ao forno pré-aquecido a 180 graus durante 20 minutos, retire do forno, corte em fatias com cerca de 1 cm de espessura. Leve novamente ao forno, 4 ou 5 minutos de cada lado até que os biscotti fiquem dourados e secos. Deixar arrefecer e guardar num recipiente hermético.

Tradicional:



Picar o chocolate grosseiramente. Reservar. Bater o ovo com o açúcar. Juntar a farinha e o fermento e misture bem. Finalmente, adicione o chocolate e as amêndoas inteiras ou partidas ao meio. Misture com uma espátula ou com as mãos.

Num tabuleiro de ir ao forno, estender um tapete de silicone, por cima, ponha a massa e molde um rolo baixo com cerca de 4x28 cm. Caso use papel vegetal, antes de colocar a massa em cima do papel, molde o rolo numa superfície enfarinhada. Pincele o rolo com o 1 colher de sobremesa de leite e polvilhe com 1 colher de sopa de açúcar. Leve ao forno pré-aquecido a 180 graus durante 20 minutos, retire do forno, corte em fatias com cerca de 1 cm de espessura. Leve novamente ao forno, 4 ou 5 minutos de cada lado até que os biscotti fiquem dourados e secos. Deixar arrefecer e guardar num recipiente hermético.




10/01/11

Kebabs de carne e nozes com moutabel de batata-doce (puré com tahini)

Kebabs de carne com nozes


Há livros de receitas com capas tão bonitas, mas tão bonitas, que deixam adivinhar um mundo de receitas aromáticas, aconchegantes, de fazer crescer água na boca, que nos impelem imediatamente para a cozinha. Purple Citrus &Sweet Perfume é um dos casos em que essas promessas são cumpridas, a cada página. Como já disse no facebook do Three Fat Ladies, neste livro de receitas turcas, sírias, libanesas e jordanas, Silvena Rowe apresenta-nos uma visão contemporânea da cozinha do Médio Oriente, abrindo novas dimensões de sabor a receitas tradicionais, como falafel, moutabel, baklava.

A receita que aqui vos apresento é diferente da original – assim não têm argumentos para não comprarem o livro ;-) – , sem no entanto perder a sua essência.


Ingredientes

Para os kebabs:

500 g de carne picada (vaca ou borrego)
100 g de nozes
½ pimento vermelho médio
½ colher de chá de gomásio (sal com sementes de sésamo)
Pimenta
Coentros a gosto (se optar por carne de borrego, use hortelã ou menta)


Para o moutabel (puré):
750 g de batata-doce cozida a vapor ou assada
(na receita original usa-se batata normal)
Sementes de linhaça ou de sésamo para enfeitar
4 colheres de sopa tahini
4 ou 5 colheres de sopa de iogurte natural
1 ½ colher de sopa de azeite
1 colher de chá de cominhos
Sumo de meio limão


No robô de cozinha, pressionando o botão turbo 2 ou 3 vezes, picar as nozes e o pimento grosseiramente. Juntar os coentros, a carne picada e os temperos. Misturar até ficar homogéneo. Formar os kebabs, moldando-os em redor do espeto (se usar um espeto de madeira, deve molhá-lo para não queimar). Cada espeto levou 2 kebabs. Se usar um grelhador de bico de fogão ou uma frigideira, não é obrigatório que use os espetos de madeira, basta moldar os kebabs com o formato e tamanho que desejar, míni hambúrgueres, por exemplo. Vai 20 minutos ao frigorífico. Grelhar.

Numa tigela, misturar o tahini, o sumo de limão, o iogurte, o azeite e uma pitada de sal até ficar uma pasta homogénea. Esmagar as batatas com cerca de ¾ desta pasta (se for preciso use mais iogurte). Temperar o puré com os cominhos e polvilhar com as sementes. Servir os kebabs, acompanhados pelo puré e pela restante pasta de tahini e iogurte.


moutabe de batata (puré com tahini)


Baseado na receita “Al Halabi Style Kebabs with walnuts and pinenuts served with potato moutabel”, Purple Citrus & Sweet Perfume, Silvena Rowe.

Para mais informações sobre a chef Silvena Rowe, aconselho a leitura deste artigo do NY Times.

07/01/11

Torta de Nozes da Fernanda (breve regresso à infância)

torta de noz


Esta receita é de uma amiga da minha mãe, a Maria Fernanda, uma doceira de mão cheia. Em tempos, teve um pequeno café que vendia doces conventuais da região de Coimbra, pastéis de Tentúgal, pastéis de Santa Clara, queijadas de amêndoa. Era tudo feito artesanalmente, até o queijo fresco para as queijadas. Talvez por isso muitos viajantes fizessem questão de fazer um desvio para parar naquele verdadeiro paraíso à beira da estrada.

Esse local faz parte das minhas memórias de infância... A bancada de mármore onde a massa dos pastéis de Tentúgal era estendida até ficar com a espessura de papel vegetal (nunca comi outros iguais); o cheiro das queijadas acabadinhas de sair do forno; o prazer de trincar a fina massa dos pastéis de Santa Clara e saborear o delicioso recheio de doce de ovos e de amêndoa – os últimos que comprei, numa pastelaria no centro de Coimbra, eram tão grossos que nunca mais fui capaz de repetir a experiência (já lá vão mais de 15 anos); as brincadeiras com o Nando e a Cristininha, com quem jogava pingue-pongue e inventava histórias com soldadinhos, animais em miniatura e comboios eléctricos.

Ingredientes:


250 g miolo de nozes
250 g açúcar
2 colheres de chá de farinha
(não é engano: são mesmo 2 colheres de chá ;-))
1 colher de chá de fermento
6 ovos


Picam-se as nozes no robô de cozinha. Mistura-se a farinha com o fermento e envolvem-se as nozes moídas. Batem-se bem as gemas com o açúcar (é preciso energia!) e adiciona-se a mistura das nozes com a farinha e o fermento (fica uma massa consistente). Batem-se as claras em castelo bem firme e envolvem-se, aos poucos, com a massa.

A melhor forma de assegurar que a torta não se parte após a cozedura, quando for enrolada, é usar papel vegetal. Num tabuleiro, colocar uma folha de papel vegetal, untar com manteiga e farinha, ou com spray desmoldante (usei spray). Verter a massa e levar ao forno, previamente aquecido (10 minutos) entre 180 a 200 graus deixando cozer entre 10 a 15 minutos.

Pegando nas pontas do papel vegetal, vai-se enrolando a torta, ainda quente e deixa arrefecer completamente antes de servir.




05/01/11

Pasta de azeitonas e parmesão

pate_azeitonas_parmesao

Petiscos, patês, entradas, os “preliminares” da refeição são das comidas de que mais gosto (sem segundos sentidos, por favor). Sou capaz de fazer um jantar ou um almoço só com este tipo de comida. Por isso, no meu último jantar do ano, não podiam faltar.


As bolachinhas de parmesão, que publiquei aqui na segunda-feira, barradas com esta pasta ficam deliciosas.


Ingredientes (para 125 ml):


100 g de azeitonas sem caroço
1 dente de alho
2 colheres de chá de parmesão ralado
1 colher de chá de orégãos
2 colheres de sopa de azeite


O modo de fazer não podia ser mais fácil. Coloque todos os ingredientes num robô de cozinha e pique até ter a consistência desejada. Na Bimby, programei velocidade 5/12 segundos.

Receita adaptada do livro base da Bimby.

03/01/11

Bolachas de parmesão e tomilho limão


Antes de mais desejo um Bom Ano de 2011 aos leitores do Three Fat Ladies, fãs, bloggers, e a todos os meus amigos que por aqui passam. Este blogue tem andado bastante apagado... Tinha uma série de planos culinários que saíram “furados”, por causa de um forno da idade da pedra, que teima em estragar a comida... Além disso, o Natal não é de todo uma época do ano de que eu goste: o stress e a febre de consumo que contagia as pessoas nesta altura, deixa-me com vontade de fugir e só voltar no Ano Novo... E foi o que fiz, pelo menos aqui... ;-)

Deixo-vos hoje a receita de umas bolachas de parmesão, do Mark Bittman, que andava a namorar desde que a minha amiga Manuela as tinha publicado no Tertúlia dos Sabores. A receita original é feita com natas e orégãos, mas optei por substituir, respectivamente, por iogurte e tomilho limão. Podem ser feitas também com leite ou até com água, em vez de natas.

Ingredientes:

250 g de farinha
100 g de manteiga com sal
100 ml de iogurte natural
60 g de parmesão ralado
1 colher de chá de tomilho limão seco Ervas da Zoé

Tradicional:
Misturar a farinha, o tomilho limão, a manteiga cortada aos cubos e o parmesão até formar uma massa areada. Juntar o iogurte e fazer uma bola com a massa. Levar ao frio cerca de 30 minutos. Estender a massa com a espessura fina* e cortar com um cortador de bolachas (ou um corta pizza). Vai ao forno sobre papel vegetal (ou num tapete de silicone) entre 8 a 10 minutos.

Thermomix_bimby
Ralar o queijo uns segundos na velocidade 9. Juntar os restantes ingredientes e programar 15 segundos, velocidade 6. A massa deve ficar uma bola. Levar ao frio cerca de 30 minutos. Estender a massa com a espessura fina* e cortar com um cortador de bolachas (ou um corta pizza). Vai ao forno sobre papel vegetal (ou num tapete de silicone) entre 8 a 10 minutos.

*Se preferirem umas bolachas finíssimas, aconselho-vos a verem este engraçado vídeo do Mark Bittman.