29/03/10

Patê de fígados de frango com vinho do Porto


Desde miúda que gosto de pasta de fígado. Lembro-me de que, em ocasiões especiais - Natal, festas de aniversário, reuniões de família -, não podia faltar a bela da tosta, barrada com dito patê, uma compra sempre assegurada pelo meu pai. A pouco e pouco, fomos abandonando esse hábito, até por que novos elementos da família o achavam algo incompreensível (leia-se não gostavam). No entanto, essa memória gustativa voltou quando encontrei uma receita de patê que me pareceu simples e facilmente adaptável ao meu paladar. O mais engraçado é que conquistou o principal detractor deste tipo de petisco... Ou muito me engano ou consegui resgatar a tradição familiar!



Ingredientes:


300 g de fígados de frango
40 g de manteiga + manteiga para cobrir o patê
1 fatia de bacon
1 cebola pequena
2 dentes de alho
2 colheres de sopa de vinho do Porto
Alecrim ou outra erva a gosto
(a receita original indicava salsa, e penso que salva também será uma boa escolha)
Sal e pimenta preta


Limpar e arranjar os fígados. Numa frigideira, derreter a manteiga. Adicionar o bacon cortado aos pedaços, a cebola picada e o alho esmagado. Saltear uns minutos até ganhar cor. Juntar o fígado e cozinhar 5 minutos, mexendo sempre. Juntar o vinho do Porto e o alecrim. Temperar com sal e pimenta. Cozinhar uns minutos, para que o vinho evapore um pouco e o fígado ganhe sabor. No robô de cozinha, triturar tudo até ficar uma pasta. Distribuir o patê por recipientes, alisar a superfície e cobrir com manteiga derretida. Deixar arrefecer e guardar no frigorífico para o patê endurecer. Antes de servir enfeitar a gosto (com ervas ou grãos de pimenta). Servir com pão ou tostas.


Nota: a manteiga derretida serve para proteger e ajudar a conservar o patê, podendo assim guardá-lo no frigorífico 3 ou 4 dias.

Receita adaptada de Delícias de Frango, Verbo


26/03/10

Empadas de batata-doce e especiarias


Nunca fui muito dotada para as massas, mas não resisto a umas empadinhas. A solução é comprar a massa feita, e preferencialmente cortada em rodelas para agilizar a tarefa... ui que preguiçosa que eu sou!





Ingredientes para 8 empadas:

150 g de batata-doce
1 cenoura pequena
Meio alho francês
1 colher de chá de cominhos em pó
1 colher de chá de coentros em pó
1 colher de chá de garam masala
Azeite
sal
Coentros frescos
1 embalagem de massa para empadas (160 g - 16 rodelas)
(La Cosinera, à venda no Corte Inglés por um preço bem simpático)
1 gema (para pincelar)




Cozer a batata-doce com a casca. Retirar a casca e cortar a batata em cubos. Em azeite, estufar o alho francês cortado em rodelas finas e a cenoura ralada. Juntar as especiarias e, depois, a batata-doce. Verificar se necessita de sal (raramente uso sal em comida com muitas especiarias). Juntar coentros picados a gosto. Deixar o recheio arrefecer. Forrar as forminhas com uma rodela de massa. Rechear. Por cima, colocar outra rodela de massa. Selar, enrolando as extremidades da massa. Pincelar com gema de ovo. Levar ao forno 15 minutos a 200 graus. Servir como petisco ou como refeição, acompanhando com salada.


24/03/10

Bolo de azeite e alecrim


Embora habitualmente prefira a manteiga ao azeite – uma inevitabilidade da minha educação gastronómica açoriana –, a verdade é andava há algum tempo cheia de vontade de fazer um bolo cuja única gordura utilizada seria o azeite. Assim que encontrei esta receita, percebi que era exactamente o que procurava: um bolo delicado e aromático, perfeito para acompanhar uma chávena de chá. É, de facto, a forma mais apropriada para degustá-lo. No entanto, acabei por comê-lo no final de uma refeição, como sobremesa e, sendo um bolo de textura mais seca, decidi servi-lo com vinho moscatel – uma conjugação que muito apreciei.



1 ½ chávena de farinha
1 colher de sopa de fermento
½ colher de chá de sal
4 ovos
¾ chávena de açúcar, mais uma colher de sopa para a cobertura
⅔ chávena de azeite extra virgem*
1 colher de chá de extracto de baunilha (opcional)
2 colheres de sopa de alecrim fresco finamente picado (só as folhas), mais uma haste para a cobertura.


*Aconselho o uso de um azeite de boa qualidade, de preferência, suave e frutado. Um azeite muito forte – ou de qualidade inferior – irá comprometer o sabor do bolo, sobrepondo-se ao aroma do alecrim.


Pré-aquecer a 180 graus. Untar uma forma de bolo inglês com manteiga (ou azeite) e farinha.

Numa tigela, misturar a farinha, o fermento e o sal. Reservar. Numa outra tigela, bater os ovos com o açúcar durante uns minutos até ficar uma mistura esbranquiçada e espumosa. Com a batedeira ligada, verter o azeite (a pouco e pouco e em fio). Misturar, agora manualmente, a baunilha e, depois, o alecrim. Juntar a mistura da farinha, mexendo até estar bem combinado.


Verter a mistura na forma. Por cima, polvilhar o açúcar (1 colher de sopa), cobrindo toda a superfície do bolo. No meio, colocar, delicadamente, a haste de alecrim. Levar ao forno cerca de 45 minutos.

22/03/10

Batatas picantes


Este é um acompanhamento que o L. inventou num dia em que lhe disse «não quero comer bife com batatas “só” cozidas. Como já deu para perceber lá em casa somos os dois adeptos do picante...trocadilhos à parte... adiante. Gostei tanto que me pareceu o acampanhamento perfeito para o frango com mel e soja. Nunca sou eu quem faz esta receita, mas garanto que é boa, versátil e que o cozinheiro me contou todos os segredos... só uma coisa este chef faz todas as suas receitas a olhómetro, por isso não coloco aqui quantidades exactas, adaptem ao vosso paladar.

Ingredientes:

Cebola
Batata cozida cortada aos cubos
Massa de malagueta
Vinho branco
Pimenta
Orégãos

Coze-se a batata, mas sem deixar desfazer. Numa frigideira, deita-se uma porção generosa de azeite e a cebola cortada às meias luas. Deixar refogar um pouco, juntar as batatas e salteá-las. Juntar um pouco de vinho branco, a massa de malagueta ou outro molho picante a gosto, uma pitada de pimenta. Convém deixar o lume alto para que o vinho evapore rapidamente e para que as batatas não fiquem espapaçadas. Deixar apurar. Servir polvilhado com orégãos.

18/03/10

Tapenade de figos secos e uma noite de pizzas


Sou uma verdadeira maníaca por figos, por isso, quando vi a receita no blogue da Flávia... simplesmente não resisti a esta delícia! O mote para fazê-la foi a famigerada noite de pizza do Cinco Quartos de Laranja. O desafio é pôr mãos à obra, ou melhor, as mãos na massa, criando um recheio para uma pizza, cuja massa é da autoria da Laranjinha e do Ricardo. Agora, eles prestam serviço ao domicílio: levam a massa já pronta, a pedra de cozer a pizza, ajudam os mais inaptos (eu!) a estender a massa, e até assumem o pelouro da fotografia! Resultado: invadimos a casa da Carlota e fizemos 4 pizzas (eu e o Luís, a Suzana e o Pedro, a Sandra e, claro está, o casal de pizzaioli). A minha e do Luís, a que chamámos pizza afrancesada, foi coberta com esta tapenade, por cima colocámos queijo de cabra, enfeitámos com alecrim fresco, finalizando com um fio de azeite.



Aqui segue a receita desta tapenade, com algumas alterações em relação à original, nomeadamente na proporção figos/azeitonas (quer isto dizer que pus mais figos do que azeitonas ;-)). Também omiti as alcaparras. Já o alecrim, em vez de ser triturado na pasta, foi usado por cima da pizza. No entanto, quando servir esta tapenade somente como entrada, utilizarei esses dois ingredientes.

Ingredientes:


175 g de figos secos
90 g de azeitonas pretas
1 dente de alho
Alecrim fresco a gosto
1 colher de sopa de mostarda de Dijon (usei mostarda de Dijon com mel)
½ colher de alcaparras (não usei)
2 colheres de sopa de azeite

Vinagre balsâmico a gosto
Sal e pimenta


Cozinhar os figos em água (sensivelmente 2,5 dl) até ficarem macios. Escorra-os e reserve a água. Descaroçar as azeitonas. No robô de cozinha, triturar os figos, as azeitonas, o alho (se usar alcaparras e alecrim, coloque-as neste momento) e a mostarda. Juntar o azeite e o vinagre balsâmico. Triturar novamente. Verificar a consistência da tapenade, caso esteja demasiado grossa, junte um pouco de água da cozedura dos figos (eu não precisei de usar). Temperar com sal e pimenta. Servir.

17/03/10

1 ano de 4 por 6: chowder de mexilhão e de alho-francês

O 4 por 6 completou ontem um ano. Não tenho sido tão activa quanto seria desejável, no entanto, o balanço deste projecto tem sido muito positivo. Experimentei a dificuldade de ter um orçamento reduzido, aprendi a economizar na cozinha (e em outras áreas da minha vida quotidiana), tornei-me mais atenta aos preços, pus a cabeça a funcionar para elaborar dicas de poupança e inventar (ou adaptar) receitas originais e económicas…

Nesta retrospectiva, cabem ainda algumas peripécias: uma entrevista à jornalista Cláudia Henriques para a revista Gingko, com direito a almoço festivo para uma conturbada e divertida sessão fotográfica; uma ida ao programa Portugal no Coração, onde fomos acolhidas com imensa simpatia por toda a equipa... A senhora cabeleira que me queimou o colo com a escova de esticar o cabelo está definitivamente perdoada ;-)

Mas o quadro jamais estaria completo se não referisse as minhas companheiras de projecto. Suzana, Laranjinha, Elvira, Marizé e Mariana, minhas queridas amigas, com quem partilho este amor pelos tachos e panelas, e pela tagarelice, entre outras paixões que só se dividem com pessoas extraordinárias como só elas sabem ser. 

Espero que o prazer com que faço o 4 por 6 tenha passado para todos os que visitam esta cozinha virtual. E, sobretudo, espero que, para alguns de vós, as minhas receitas e dicas de economia doméstica tenham sido úteis.
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Bem... vamos lá à receita... Mais uma sopa refeição, desta feita um Chowder de Mexilhão e alho francês, adaptada do livro Tender de Nigel Slater.




Ingredientes:


1 kg de mexilhão
2 alhos-franceses
500 g de batatas
75 g de bacon
40 g de manteiga
1,5 dl natas
2,5 dl de vinho branco
Ervas a gosto


Lavar e limpar o mexilhão. Cortar o alho-francês em rodelas finas, lavá-lo e secá-lo bem. Descascar as batatas e cortá-las em cubos. Cortar o bacon em tiras e passá-lo por manteiga até ganhar cor. Juntar o alho-francês e deixar estufar uns 10 ou 15 minutos, mexendo ocasionalmente. Cozinhar o mexilhão no vinho branco (é só deixar abrir os bichinhos). Coar o líquido e reservar. Cozer as batatas no líquido de cozedura do mexilhão, juntando sal, pimenta em grão, as natas e as ervas (louro, salsa, tomilho). Entretanto, descartar os mexilhões que não se abrirem e retirar os restantes das cascas. Junte as batatas cozidas, e o respectivo líquido da cozedura, ao alho francês a ao mexilhão cozido. Adicionar um pouco de água, se achar necessário - mas atenção que não é para ficar com muito líquido. Rectificar os temperos. Servir.

Nota: se quiser um chowder mais basto, pode triturar parte das batatas.


Se optar por miolo de mexilhão congelado: os mexilhões congelados regra geral são mais caros do que os frescos. No entanto, o Continente vende embalagens de 500 g por um preço bem simpático, 3 euros. Nesta receita precisamos de, sensivelmente, 350 g de miolo de mexilhão, por isso, não corremos o risco de ultrapassar o plafond do 4 por 6.


Se preferir usar miolo de mexilhão congelado, não os cozinhe em água, junte-os ao estufado de alho francês e bacon, adicione o vinho e deixe apurar 2 ou 3 minutos. Quanto às batatas, coza-as em água com natas e os temperos. Depois junte tudo.
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Para sobremesa, proponho este delicioso pudim de leite condensado.



Vamos às contas: os valores de referência são do Continente. Volto a referir que este hipermercado vende uma marca de miolo de mexilhão congelado a um preço muito acessível, perfeitamente consentâneo com uma refeição de custos controlados.




Dica de poupança: antes de decidir entre dois produtos similares, repare sempre no preço por quilo. Quantas vezes não levamos para casa o mais caro, porque impulsivamente escolhemos a embalagem mais barata? Ao chegar a casa lá nos apercebemos de que a embalagem mais barata tinha 150 g de produto e que a que ficou no supermercado, afinal, tinha mais quantidade e, por isso, era mais acessível.

15/03/10

Bolo Aniversário Pucca



Como tem vindo ser habitual, o aniversário das minhas filhas é a desculpa necessária para pôr em prática a minha “arte de pastelaria”, em formato amador… Este ano não foi excepção e o 5º aniversário da Mariana teve como tema a Pucca e o bolo também acompanhou o tema. Em termos de concepção, não fiz um bolo muito elaborado, pois a decoração era o meu principal desafio. Como era um bolo para algumas dezenas de pessoas, optei pelo formato rectangular, com 2 andares. Fiz um bolo de chocolate (receita já utilizada anteriormente neste aniversário, com algumas alterações)


Bolos:
(utilizei a mesma receita e fiz a massa para os 2 bolos separadamente)

2 x 250 g de chocolate em barra
2 x 250 g de açúcar
2 x 7 ovos

2 x 250 g de manteiga amolecida (500 g)
2 x 220 g de farinha de trigo (440 g)
2 x 1 colher de sobremesa cheia de fermento em pó
2 x 110 g de chocolate em pó (220 g)
2 x ½ dl de leite


Nota: utilizei a mesma forma para os 2 bolos (uma vez que não tinha uma forma rectangular mais pequena) e fiz a mesma dose para os 2 pisos – o bolo que sobrou do piso superior cortei aos quadrados e servi como “aperitivo), o tamanho da forma é de 34,5 cm por 24,5 cm.

Recheio e cobertura:


1 lata de leite condensado de chocolate
200 ml de natas


Cobertura:

500 g de pasta americana vermelha
500 g de pasta americana preta (sobrou cerca de 150 g)
250 g de pasta branca (sobrou cerca de 200 g, mas não encontrei pacotes desta pasta mais pequenos)

Esta pasta comprei na Casa dos Bolos (em Lisboa), mas vende-se também na loja on-line.

Amolecer a manteiga no microondas e bater com o açúcar até ficar um creme esbranquiçado. Ir juntando os ovos um a um, batendo entre cada adição.

À parte, misturar a farinha com o chocolate ralado (eu passei o chocolate pelo triturador, sem ficar em pó), o fermento e o chocolate em pó. Misturar ao preparado anterior e mexer bem com uma colher de pau.


Untar uma forma com margarina e farinha e cozer no forno cerca de 50 minutos – neste bolo, deixar cozer bem, para que fique com uma consistência mais “rija” para permitir colocar a pasta americana, sem alterar a forma. Deixar arrefecer.

Enquanto o bolo está no forno começamos a preparar o bolo que servirá para o primeiro andar.

Após os 2 bolos terem arrefecido, cortamos o que servirá de base ao meio, com a ajuda de um fio de nylon ou cordel de culinária e o bolo superior, cortamos ao meio (em comprimento) e depois ao meio para rechear.



Para o recheio, mexe-se com uma varinha as natas juntamente com o leite condensado, até obtermos uma consistência de creme. Rechear ambos os bolos.

Colocar o primeiro bolo no tabuleiro de servir, barrar o topo do bolo com o mesmo preparado do recheio (para a pasta americana aderir melhor). Estender a pasta numa superfície coberta com açúcar em pó – esta foi a minha principal dificuldade, uma vez que esta pasta “cola” bastante à minha pedra da cozinha e ao rolo da massa (deve haver uma técnica para este processo, nomeadamente um rolo de plástico conforme vi na loja e uma base anti-aderente – mas aí já entramos no campo dos profissionais e, como eu referi no início, eu encontro-me ao nível dos amadores). Cobrir o bolo com a massa preta. Colocar o 2.º bolo sobre a pasta preta, barrar com o preparado do recheio e repetir a mesma proeza com a massa vermelha.

Estando terminada esta tarefa – para mim a mais difícil – começar a decoração. Retirei a ideia da boneca no blogue Iguarias de Açúcar e Sal e inventei o resto.


12/03/10

Cheesecake de manteiga de amendoim


Este cheesecake dedicado aos fãs de manteiga de amendoim. Fácil de fazer, rápido (nem sequer vai ao forno)... Uma verdadeira tentação! A foto não faz justiça a esta sobremesa... foi de uma solitária fatia que restou de um almoço de amigas... e olhem que não eram muitas comensais (salvo erro, nesse dia, ninguém jantou ;-)).


Massa:


1 pacote de bolacha Maria + 75 g de manteiga

Recheio:


250 g de queijo creme
200 g de manteiga de amendoim
1 colher de chá de essência de baunilha
200 ml de natas frescas batidas (1 pacote)
100 g de açúcar


Cobertura:


125 g de chocolate + 50 ml de natas


Moa as bolachas grosseiramente e junte a manteiga derretida. Forre uma tarteira de fundo amovível com esta massa. Leve a manteiga de amendoim uns segundos ao microondas para que ela amoleça e fique mais fácil misturá-la com o queijo creme. Bata o queijo creme com a manteiga de amendoim. Junte a essência de baunilha e o açúcar. Bata as natas e junte-as à mistura anterior. Verta este recheio para a forma e leve ao frigorífico pelo menos 2 horas. Derreta o chocolate com as natas (no microondas é super rápido) e, quando esta mistura estiver lisa, espalhe-a por cima do cheesecake com ajuda de uma espátula. Desenforme e sirva.

10/03/10

Massada de peixe e gambas


Já há alguns tempo que estou para publicar uma receita de massa com peixe. É um prato que faço recorrentemente, pois cá em casa somos os dois apreciadores de peixe, nomeadamente de cabeça (a parte mais saborosa do bichinho). Sempre que há cabeça de peixe, coze-se mais uma postinha para, no dia seguinte, se fazer uma massada e aproveitar o caldo. Não sendo uma receita com grandes segredos, pelo menos para os portugueses, a verdade é que é essencial usar um peixe de boa qualidade, de preferência de carne mais rija (corvina, cherne) e usar caldo “verdadeiro”... Não há cá caldinhos Knorr, nem Maggi, nem sopas de marisco de pacote, que, a meu ver, assassinam qualquer massada de peixe ou de marisco.

Ingredientes para 2 doses muito bem servidas:


1 posta média de corvina
(cozida e limpa de peles e espinhas)
8 gambas
200 g de massa cotovelos
7,5 dl de caldo de peixe (ver receita)
1 cebola pequena
2 dentes de alho
50 ml de vinho branco
3 ou 4 tomates pelados
(ou frescos sem pele, nem sementes)
Pimento verde a gosto, cortado em tiras
Molho picante (massa de malagueta ou piripíri)
Sal q.b.
Coentros


Em azeite, refogue a cebola cortada em finas meias-luas e o alho picado. Juntar o tomate e o vinho branco. Deixar apurar. Adicionar o pimento (não gosto do pimento demasiado cozinhado, por isso não o junto logo no início). Verter o caldo de peixe. Quando levantar fervura juntar a massa. O tempo de cozedura dos cotovelos é sensivelmente 8 minutos. Partindo desse princípio, quando passarem 5 minutos, junte as gambas (descascadas ou não). Um ou dois minutos depois junte o peixe e os coentros picados. Servir imediatamente.

Nota: não deixe a massa cozer demasiado, é preferível apagar o lume antes de estar completamente cozida, pois ela acaba de cozinhar enquanto se leva o prato para a mesa. Embora pela foto não pareça, a minha massada fica bem “caldosa”, normalmente até a como com uma colher. De acordo com a sua preferência, junte mais ou menos caldo à massada.

08/03/10

Pudim de Leite Condensado


Porque nem sempre nos apetece fazer receitas muito elaboradas... Porque às vezes nos assalta uma grande preguiça... Porque é segunda-feira...E ainda assim nos apetece uma coisa doce!


Ingredientes:


1 lata de leite condensado
1 lata de leite meio gordo (3 dl)
4 ovos
Caramelo a gosto (para untar a forma)

Misturam-se os leites e os ovos com a varinha mágica. Coloca-se dentro de uma forma de pudim untada com o caramelo, fecha-se a forma (a minha tem uma tampa). Cozinha-se na panela de pressão durante 15 minutos. E como? Primeiro aquece-se água, verte-se para a panela de pressão, coloca-se a forma do pudim, tapa-se a panela de pressão, quando começar a sair o vapor pelo pipo, contam-se 15 minutos. Precauções: só abrir a panela de pressão quando já não houver vapor; só retirar a tampa e desenformar o pudim, quando este estiver quase frio.

Fonte: um blogue do qual gosto imenso, cheio de receitas de comidinha caseira da boa - As Receitas Lá de Casa. Já há 2 anos que tinha este pudim marcado para fazer!

05/03/10

Jardineira de grão com almôndegas


Mal vi esta receita, percebi que a tinha que fazer, pois além de ter uma conjugação de ingredientes que adoro (farinheira e grão), achei-a perfeita para o 4 por 6... Mas a minha amiga Elvira antecipou-se e fez uma deliciosa adaptação desta receita aqui (juntando ervilhas e cenouras). De qualquer forma não quis deixar de publicar aqui esta original jardineira.

Ingredientes (4-6 pessoas):


400 g de carne de porco picada
½ farinheira
1 ovo (só precisei de 1 gema)
Pão ralado q.b.
1 cebola picada finamente
1 curgete média cortada em cubos pequenos
1 lata de tomate pelado (400 g)
500 g grão-de-bico cozido
Azeite q.b.
Sal e pimenta a gosto
Erva fresca a gosto (usei tomilho)




Remover a pele da farinheira, desfazê-la e misturar com a carne picada. Juntar a gema (ou ovo inteiro). Temperar com sal e pimenta. Adicionar pão ralado em quantidade suficiente para ficar um preparado moldável. Moldar pequenas almôndegas.

Num tacho (não pode ser um recipiente muito pequeno, pois se o conteúdo estiver muito “apertado”, quando for mexer, as almôndegas desfazem-se), refogar a cebola picada em azeite. Juntar as almôndegas e alourá-las de todos os lados, sacudindo o tacho.

Adicionar a curgete aos cubinhos, o tomate cortado aos pedaços (e com a calda) e o grão-de-bico. Cobrir com uma tampa e cozinhar em lume brando por aproximadamente 20-25 minutos. Antes de servir, junte uma erva a seu gosto).

Fonte: revista Saberes & Sabores n.º 191 (Janeiro 2010)

03/03/10

Pudim de cenoura


A minha amiga Maria João passou-me a receita deste pudim de cenoura, delicioso e muito fácil de fazer. A receita original é da Eliana, que não conheço pessoalmente, mas posso assegurar que é uma doceira de mão cheia, pois já tive a sorte de provar o seu maravilhoso bolo de caramelo.


Ingredientes:


500 g cenouras
400 g açúcar
4 ovos
1 colher sopa manteiga
1 colher café fermento
4 colheres sopa farinha sem fermento
Raspa da casca de 2 laranjas


Descascar as cenouras, cortá-las e cozê-las. Escorrer bem. Triturar com a varinha mágica. No mesmo recipiente, juntar os restantes ingredientes e misturar com a varinha mágica – Eu preferi usar o robô de cozinha para tudo. Unta-se uma forma e polvilha-se com pão ralado e vai ao forno (pré-aquecido) cerca de 1h a 180 graus.

01/03/10

Sopa de castanhas e cogumelos



Com o tempo chuvoso e frio sabe sempre bem uma sopa consistente É o caso desta com uma combinação que nunca tinha experimentado, e que adorei. Perfeita para combater a invernia.

Ingredientes:

1 cebola pequena
2 colheres de sopa de manteiga
450 g de castanhas congeladas
300 g de cogumelos brancos
7,5 dl a 1 litro de água
1 caldo biológico de vegetais
5 dl de leite
Sal, pimenta, noz-moscada

Numa panela, derreter a manteiga e refogar a cebola até ficar translúcida. Juntar os cogumelos laminados e salteá-los. Juntar as castanhas e deixar tomar sabor. Verter 7,5 dl de água a ferver. Temperar com o caldo, o sal e a pimenta. Quando as castanhas estiverem cozidas, juntar o leite. Triturar a sopa. Juntar mais água quente, de acordo com a consistência pretendida. Servir polvilhada com noz-moscada.