26/02/10

Mousse de lemon curd



Há umas semanas, fui com a Carlota jantar ao Ultralento – um restaurante muito agradável, com comida boa e um atendimento simpatiquíssimo. No final da refeição, não resistimos a uma gulodice e comemos uma mousse de limão deliciosa. Claro que nos pusemos a adivinhar o que tinha e a Carlota acabou por identificar o sabor como lemon curd. Assim, quando fui convidada para lanchar com ela, com a Suzana e a Laranjinha, no passado domingo, decidi levar esta mousse para as meninas aprovarem. O resultado agradou-me imenso, pois não sou fã daquelas mousses de limão muito doces, feitas com leite condensado. Acho que as minhas companheiras também gostaram e, por isso, deixo aqui esta receita super simples.

As fotos foram tiradas pela paciente Laranjinha, que foi completamente coagida por mim a tirar umas 50... E seu cara-metade (mais conhecido pelo meu fotógrafo favorito), com a disponibilidade que o caracteriza, prontificou-se a enviar-me as fotos já prontinhas a publicar no blogue. Muito obrigada aos dois.





Ingredientes:

450 g de lemon curd
2 pacotes de natas frescas (400 ml)
1 lima (raspa)

Faz-se o lemon curd como explicado aqui (se preferir, use de compra, mas olhe que a minha receita é fácil e infalível). Deixar arrefecer completamente o lemon curd. Juntar as natas bem batidas. Servir a mousse enfeitada com raspa de lima. Mais simples não há!


Nota: agrada-me o sabor acentuado do limão, mas quem preferir uma mousse menos ácida, reduza um pouco a quantidade de lemon curd. 





23/02/10

Caril vermelho de camarão e de batata-doce (e duas declarações)



Este foi o prato adocicado e aromático que eu, a Carina, a Teresa e a Ana partilhamos num domingo de Inverno, num daqueles almoços que só terminam ao fim da tarde, cheio de risos, desabafos e promessas de amizade eterna. O incentivo delas (e os elogios ;-)) é uma das principais razões por que mantenho este blogue. Love you girls!

E porque este blogue só faz sentido pela partilha, seja com amigos ou com leitores conhecidos e anónimos, temos agora uma página no Facebook. Acredito que muitas vezes os que passam por aqui têm dúvidas e comentários que acabam por não deixar porque dá algum trabalho, muitos deles nem têm perfil no blogger. Assim, nessa outra “casa”, espero que possamos aumentar a proximidade e estreitar laços. Já agora aproveito para agradecer a tod@s que acompanham este blogue, apesar da irregularidade de publicações.

Ingredientes 6 pessoas:

800 g de camarão
600 g batata-doce
1 ½ sopa óleo
1 colher de sopa de gengibre fresco ralado
1 ½ sopa de pasta de caril vermelho*
2 dl de água
400 ml leite coco
2 raízes de erva-príncipe (lemongrass)*
5 folhas lima kaffir*
2 colheres sopa molho peixe*
1 colher de sopa de açúcar
Sumo de meio limão/lima
Coentros picados

No wok (ou numa caçarola), aquecer o óleo. Juntar o alho e o gengibre e deixar dourar. Juntar a pasta de caril vermelho e fritar até começar a libertar o aroma. Verter o leite de coco e a água. Adicionar as folhas de lima, as raízes de erva-príncipe (lemongrass), o molho de peixe e o açúcar. Cozer a batata-doce neste molho, previamente descascada e cortada em cubos. Quando a batata estiver quase pronta, está na hora de juntar os camarões – basta um minuto ou dois para que eles fiquem cozinhados. Finalizar com o sumo de lima/limão e coentros picados. Servir com arroz.

Os ingredientes assinalados com asterisco encontram-se à venda nos supermercados asiáticos. A erva-príncipe (lemongrass) vende-se também nesses locais, na zona dos congelados.



18/02/10

Bolo de clementinas


Não sei se foi do frio; se da máquina fotográfica avariada; se da frustração de querer fazer umas mudanças por aqui, mas faltarem-me os conhecimentos técnicos para fazê-las; se do meu receio de que isto se torne uma obrigação; se da minha preguiça, se do farmville... A verdade é que este blogue hibernou nos dois últimos meses. O que não quer dizer que não tenha cozinhado. Tenho, mas sobretudo receitas que já publiquei.

Hoje, como promessa de regresso, deixo-vos um bolo maravilhoso, rico, intenso, húmido, aromático, perfeito para o Inverno, que tem a particularidade de ser feito com a casca da clementina. Aprendi a receita no Nigella Bites, que agora passa na SIC Mulher. No entanto, descobri que antes de Nigella, já outros autores a tinham publicado, nomeadamente Claudia Roden, especialista em gastronomia do Médio Oriente.

Ingredientes:

4 clementinas (375/400g) – pode ser feito com laranjas ou tangerinas
6 ovos
225 g de açúcar
250 g de amêndoa moída
(como comprei um pacote de 200 g,
acabei por juntar 50 g de farinha sem fermento)
1 colher chá de fermento

Lavar bem as clementinas (de preferência usar fruta que não esteja “encerada”). Para poupar tempo e energia, em vez de cozinhar a fruta numa panela tradicional (levaria 2 horas), optei por usar a panela de pressão. Assim, depois do pipo rodar, contam-se 10 ou 15 minutos (depende do tamanho da fruta) e já está. Escorrer as clementinas e deixá-las arrefecer. Retirar os pedúnculos e verificar se a fruta tem sementes, se assim for, descartá-los. Colocar as clementinas no robô de cozinha (processador) e reduzir a puré. Juntar os restantes ingredientes. Ligar o robô até obter uma mistura homogénea. Verter a massa numa forma de fundo amovível bem untada. Levar ao forno pré-aquecido a 190 graus cerca de 1 hora. Se achar necessário, para que o topo do bolo não queime, por volta dos 40 minutos de cozedura, cubra-o com papel de alumínio. Deixar arrefecer o bolo dentro da forma e sobre uma grade, antes de o desenformar.