26/11/09

4 por 6 - Salada de cuscuz, salmão e pimento assado

Usar peixe numa refeição que se pretende barata não é fácil. A melhor solução, para não eliminarmos este alimento da nossa dieta, é cortar um pouco nas quantidades e juntá-lo a legumes, vegetais ou cereais para mais “substância”. Foi o que fiz.





Ingredientes:

2 postas de salmão (400 g ou 300 g de peixe)
250 g de cuscuz
½ pimento vermelho (cerca 150 g)
100 g de ervilhas cozidas
Azeite e sumo de limão (ou vinagre) a gosto


Depois de cozinhar o peixe, desfie-o e limpe-o de espinhas. Asse o pimento no bico do fogão e retire-lhe a pele. Corte o pimento em pedacinhos. Cozinhe o cuscuz de acordo com as instruções da embalagem (regra geral, a embalagem manda deitar o cuscuz em água a ferver e levar novamente ao lume, mas eu nunca o cozo ao lume, prefiro deixá-lo cozinhar por si no calor da água fervida, bastando tapá-lo e esperar uns 5 minutos). Misture todos os ingredientes – peixe desfiado, cuscuz cozido, pimento e ervilhas – e tempere com azeite e sumo de limão (ou vinagre) a gosto. Servir morna ou fria, de acordo com o gosto e/ou a estação do ano.

Esta receita é ideal para aproveitar sobras de salmão cozido ou grelhado.
Para completar esta refeição, sugiro anona, que é uma das minhas frutas preferidas. Basta meia por pessoa, comidinha assim à colher... nham.



Vamos às compras: os valores de referência são todos do Continente.



Dica de poupança: repetindo um pouco a ideia da minha introdução a esta receita: não elimine o peixe da sua dieta com a “desculpa” do preço, use-o como “acompanhamento” e traga para a ribalta ao que habitualmente relega para segundo plano (cereais, vegetais, legumes).

19/11/09

4 por 6 na rota das especiarias – Mattar Panner e Marmelos cozidos com especiarias

Antes de mais, peço desculpa pelo atraso na publicação do 4 por 6. Devia tê-lo feito na semana passada, de acordo com o prometido, mas não consegui. Mas para me redimir sirvo-vos uma refeição quente e aconchegante, ideal para estes dias frios.

O prato principal que hoje vos sugiro foi-me ensinado por Rakesh Kumar e Neelam Rami e a sua simpática família (oriunda do Panjab), numa alegre e proveitosa aula de culinária indiana, no âmbito da iniciativa TODOS. Fiz apenas 2 alterações à receita original: não usei polpa de tomate, preferi usar tomate pelado, e omiti a pasta de caril, pois acho dispensável e como não é fácil de encontrar... Provavelmente o mais difícil de encontrar serão as sementes de cominhos, se não conseguirem usem cominhos em pó, mas só o juntem à receita ao mesmo tempo que as outras especiarias em pó.




Mattar paneer (ervilhas com queijo)


1 ½ colher sopa óleo
1 ½ colher chá sementes cominhos
1 cebola
2 ou 3 dentes de alho
1 colher de sopa de gengibre fresco ralado
1 malagueta
5 ou 6 tomates pelados
Sal (sinceramente, acho dispensável...)
2 colheres de chá de garam masala
½ colher de chá de curcuma
5 dl água
600 g de ervilhas
200 g de paneer


Para fazer o paneer, seguir esta receita, aumentando as quantidades de leite para 1,5 l e a de sumo de limão para 1 ½ colher de sopa.


Num tacho, aquecer o óleo e acrescentar as sementes de cominhos, tostando-as ligeiramente para aroma. Juntar a cebola e o alho picados, o gengibre e as malaguetas cortadas em rodelas. Deixar alourar. Acrescentar o tomate picado, o sal, o garam masala e a curcuma (açafrão-da-índia). Cozinhar um pouco e, por fim, acrescentar a água e as ervilhas. Depois de as ervilhas estarem cozidas, junta-se o panir cortado em cubinhos. Servir acompanhado com arroz basmati.




Marmelos cozidos com especiarias


600 g marmelos
Sumo de 1 limão
7 colheres de sopa de açúcar amarelo
1 estrela de anis
1 cravinho
1 pau de canela
4 sementes de cardamomo
1 ½ chávena água
1 dl vinho do Porto

Arranjar os marmelos e cortá-los em fatias grossas, regando com sumo de limão para que não escureçam. Cozê-los na panela de pressão juntamente com as especiarias, a água, o vinho do Porto e 5 colheres de sopa de açúcar. O tempo de cozedura dependerá do grau de maturação dos marmelos... e não se esqueçam de que os 5 minutos são contados a partir do momento em que a panela apita.

Coar o molho da cozedura dos marmelos e levar ao lume com mais 2 colheres de sopa de açúcar, deixar reduzir um pouco. Servir os marmelos com o molho.

Vamos às compras: as especiarias comprei-as no supermercado indiano do centro comercial Martim Moniz, onde são vendidas a preços acessíveis, mas também se encontram à venda no Continente. No Centro Comercial da Portela existe também um supermercado indiano.

Não contabilizei as especiarias, mas são usadas em quantidades que não encarecem substancialmente a receita. De qualquer forma, a margem que deixo é mais do que suficiente, ficámos a € 1,40 do plafond.



Dica de poupança: evitem comprar as especiarias menos comuns (refiro-me ao anis estrelado, sementes de cominhos e cardamomo) em lojas gourmets, pois os preços são um verdadeiro exagero (estão sobretudo a pagar a embalagem).

17/11/09

2.º Aniversário do Tertúlia dos Sabores: entrecosto caramelizado com especiarias e arroz de ananás


As especiarias são uma boa metáfora para representar a minha paixão pelo Tertúlia de Sabores (e admiração pela Moira). Um blogue aromático, doce, quente, aconchegante... que me viciou por estes ingredientes, mas também pela sabedora prosa da Moira, as belíssimas imagens e as receitas inspiradoras. Os meus parabéns pelos 2 anos do Tertúlia, e por tudo o que faz deste blogue um dos meus favoritos. Esta é a minha contribuição para a festa de aniversário!


Ingredientes para 4 pessoas:

1 kg entrecosto
3 colheres de sopa de vinho do Porto
2 colheres de sopa de azeite
1 colher chá piri-piri em pó
½ colher de chá de pimenta da Jamaica em pó
½ colher de chá de sementes de coentros em pó
¼ colher de chá de canela em pó
1 colher sopa de gengibre fresco ralado
Sal
2 colheres de sopa de açúcar amarelo
2,5 dl de água (ou caldo de carne)
2 malaguetas
2 colheres sopa de vinagre de arroz
100 g de ananás
200 g de arroz de jasmim
Coentros a gosto (as folhas)

Corte a carne de acordo com o seu gosto (pode deixar a peça intacta, mas levará mais tempo a cozinhar). Num recipiente, misturar o vinho, as especiarias, 1 colher de sopa de azeite, o açúcar e o sal. Esfregar esta mistura no entrecosto. Colocar o entrecosto num saco plástico juntamente com a marinada. Deixar marinar cerca de 30 minutos. Selar o entrecosto no resto do azeite (1 colher de sopa), em lume forte para que fique ligeiramente tostado. Baixar o lume e juntar a marinada, o vinagre e o gengibre. Deixar cozinhar, sempre em lume brando, até o entrecosto ficar tenro e o molho ficar espesso e caramelizado (cerca de 1h30 para entrecosto cortado, 2h para peça inteira). Atenção: se o molho caramelizar muito depressa pode ser necessário juntar um pouquinho mais de água.

Entretanto, cortar o ananás em cubinhos pequenos. Tirar as sementes e os veios da malagueta e cortá-la em pedacinhos. Preparar o arroz de acordo com as instruções da embalagem. Juntar o ananás e a malagueta. Enfeitar com folhas de coentros.

Receita adaptada do livro Spice it.

11/11/09

Paneer (panir)

O paneer é um queijo incontornável na gastronomia indiana, usado para confeccionar vários pratos, Mattar Paneer (ervilhas com queijo), Malai Kofta (uma espécie de almôndegas de vegetais e queijo), Paneer Saag (espinafres com queijo). Só na aula de cozinha indiana em que participei, durante a iniciativa TODOS, percebi o quão fácil é confeccionar este queijo. Contudo, porque sou efectivamente uma desastrada na cozinha - sim, é verdade -, a primeira experiência correu mal. Escorri demasiado o queijo... apertei-o, apertei-o... até que lhe retirei a humidade e ele ficou com uma textura grumosa (até aí tudo bem) e seca (azar). Resultado: quando se cortava esfarelava-se todo e não dava para usar no caril. Fica aqui o alerta para que não façam como eu! Aprendi com o erro e, da segunda vez, ficou com a consistência desejada. Conclusão: é de facto muito fácil e rápido de fazer.


Ingredientes para 100/130 g de paneer:

1 litro de leite gordo
1 colher de sopa de sumo de limão
2 colheres de sopa de água


Levar o leite ao lume e, quando levantar fervura, juntar o sumo de limão misturado com a água. Mexer e deixar o leite talhar. O soro separa-se, fica amarelado e translúcido. Escorrer, colocando um pano de algodão por cima de um coador. Passar água fria para arrefecer o paneer e depois ser mais fácil formar uma trouxa com o tecido e apertar um pouco para ajudar a escorrer a água. Ficará com uma mistura esfarelada tipo requeijão, mas cremoso o suficiente para, quando prensado, resultar numa massa homogénea (fazer o teste formando uma bolinha com um pedaço de queijo). Apertar a trouxa com um nó e deixar repousar com uma panela pesada em cima cerca de 30 minutos. Cortar aos cubos e usar.

Este vídeo explica bem como se faz o paneer.
Vejam também aqui a versão da Agdá, um blogue excelente com muitas receitas indianas, que infelizmente está há uns meses em standby.
 
PS – Hoje deveria publicar o 4 por 6, mas estou atrasada. Considerem esta receita um prólogo, pois o prato principal que apresentarei amanhã no 4 por 6, será obviamente feito com paneer.
 
 

04/11/09

Carne estufada com nabos


Há sabores que só em adultos conseguimos apreciar devidamente. A meu ver, talvez devido ao seu ligeiro amargor, o nabo é um deles. Nunca fui criança de torcer o nariz a comida, mas tinha dois ódios gastronómicos de estimação: a beterraba e o nabo. Actualmente, ainda que a beterraba não me tenha conquistado totalmente – como apenas de quando em vez – tornei-me uma fã incondicional do nabo e gosto dele quer cru, quer cozinhado. Por isso, assim que vi esta receita da doce Laranjinha percebi imediatamente que ia adorar.


Ingredientes:

800 g de carne de vitela cortada em cubos
Chouriço a gosto (4 fatias de bacon na receita original)
Vinho branco
Sal
Pimenta
Massa de malagueta
(como gosto de um pouquinho de picante, lá teve de ser, mas é opcional)
1 cebola picada
3 dentes de alho picados
2 folhas de louro
Azeite
4 cabeças de nabo
Segurelha (salsa na receita original)

Num tacho, refogar a cebola, os alhos, o azeite e o louro. Adicionar o chouriço, sem pele e cortado aos pedacinhos, e deixar cozinhar um pouco. Juntar a carne. Temperar com sal, pimenta e massa de malagueta. Acrescentar o vinho branco e a segurelha. Tapar o tacho e deixar cozinhar. Caso seja necessário, juntar um pouco de água ou mais vinho branco. Quando a carne estiver pronta, misturar os nabos cortados aos cubos e deixá-los cozer.

29/10/09

4 por 6 – Sopa de abóbora e tomate com tortelinni + Crumble de pêra e sultanas com aveia

Embora com um dia de atraso, eis a minha sugestão quinzenal do 4 por 6. Uma refeição com sabor a Outono, protagonizada por uma sopa bem aconchegante e cheia de substancia, conferida pela utilização dos tortellini, e rematada com um delicioso crumble de pêra e aveia, que decidi resgatar do arquivo aqui do blogue.





Ingredientes:




1 pacote (250 g) de tortellini frescos
(usei de ricotta e espinafres)
450 g de abóbora
500 g de tomate
1 cebola
3 dentes de alho
1 caldo de legumes
Água q.b
(cerca de 1,25 dl – mas não a junte toda de uma vez)
Azeite
Sal e pimenta q.b.



Escaldar os tomates e retirar-lhes a pele e as grainhas. Cortar a cebola em finas meias-luas e cozinhá-la no azeite. Juntar o alho picado e, quando dourar, juntar os tomates. Deixar cozinhar um pouco. Adicionar a abóbora cortada em cubos e a água. Cozer. Esperar que arrefece ligeiramente para depois triturar com a varinha mágica. Se houver necessidade, junte um pouco mais de água. Verificar os temperos. Levar novamente ao lume e quando levantar fervura, juntar os tortellini, que demoram sensivelmente 3 minutos a cozer. Servir de imediato.



Para a sobremesa, que tal este delicioso crumble?





Vamos às compras e às contas: os preços de referência desta refeição são os do Continente. Os tortellini são do Pingo Doce, por uma questão de gosto, pois custam exactamente o mesmo.






Dica de poupança: em plena época de abóbora, encontramo-la a um preço bastante inferior ao da receita de há 2 semanas. As peras foram um excelente investimento a apenas
€ 0,35/kg (embalagem familiar de 2 kg - pêra rocha portuguesa). Conclusão: vale a pena consumir os produtos da estação!

25/10/09

Sopa de abóbora assada e de cebola caramelizada



Mais abóbora que é tempo dela e eu tinha uma bem rechonchuda para usar! Primeiro foi a tarte, depois esta sopa, e também haverá um pedaço – não desta mas de outra abóbora - no meu próximo 4 por 6…

Nesta receita, perfeita para entrada de um jantar de amigos, há 3 “truques” que fazem toda a diferença: o primeiro, ditado pela receita original, é o uso de cebola caramelizada, os outros dois, fruto de uma decisão minha, são a utilização de abóbora assada e de sálvia frita. Quanto a esta última, a sálvia, aconselho-vos a saborearem - e a surpreenderem-se com – a sua exuberância quando assim confeccionada.



Ingredientes:

600 g de polpa de abóbora assada
 (assei 1 kg de abóbora, pesada com casca)
1 colher de sopa de azeite
2 colheres de sopa de manteiga
2 cebolas médias
½ caldo de legumes biológico
1 litro de água
Sal, pimenta  e noz-moscada q.b.
3 colheres de sopa de natas
Sálvia para decorar
Óleo q.b para fritar as folhinhas de sálvia
Pevides tostadas para decorar

Arranjar a abóbora e reservar as pevides. Assar a abóbora no forno a 200 graus cerca de 1 hora, num recipiente untado com um pouco de azeite (se quiserem diminuir o tempo de forno é cortar a abóbora em pedaços pequenos ou fatias finas). Aproveitem que têm o forno ligado e, noutro recipiente, tostem as pevides com um pouco de sal grosso.

Descasquem e cortem a cebola em finas meias-luas. Numa caçarola ou frigideira, deitem o azeite e a manteiga só juntando a cebola quando a manteiga estiver derretida. Deixar caramelizar a cebola, cerca de 30 minutos, em lume brando, mexendo de vez em quando. Deve-se ir controlando o lume para que a cebola fique acastanhada, mas sem queimar, caso contrário poderá comprometer o sabor da sopa.

Numa panela, juntar a cebola caramelizada e a polpa de abóbora. Juntar a água e o caldo e deixar levantar fervura. Apagar o lume e deixar arrefecer um pouco. Passar a sopa com a varinha mágica. Temperar com sal, pimenta e noz-moscada. Juntar as natas. Voltar aquecer a sopa, caso haja necessidade.

Fritar a sálvia em óleo bem quente sem deixar queimar (cerca de 1 minuto). Escorrer em papel absorvente. Servir a sopa decorada com as pevides e a sálvia frita. Nota: na foto usei pevides descascadas, pois as pevides que tostei no forno marcharam em 3 tempos como aperitivo (com casca e tudo).

23/10/09

Tarte de abóbora


Era uma das tartes que mais desejava fazer, mas sempre que compro abóbora – diga-se de passagem, muitas vezes - ela é usada invariavelmente em pratos salgados (sopas, risotto, assados)... Fiquei feliz por ter acertado em cheio logo à primeira. O recheio ficou exactamente como eu queria: aromático, cremoso e doce q.b.. Parti da receita do livro The Hummingbird Bakery Cookbook, mas fiz algumas alterações: em vez de cozinhar a abóbora a vapor, optei por assá-la no forno; usei amido de milho (maizena) em vez de farinha de trigo; aumentei a dose de gengibre e, em vez de cravinho, usei noz-moscada.

Pode usar massa quebrada de compra, fazer a sua massa preferida ou seguir esta receita (para uma forma de tarte de 23 cm diâmetro). 


Atenção: antes de fazer a massa, é melhor assar a abóbora.

Massa:

260 g de farinha
½ colher de chá de sal fino
110 g de manteiga com sal
 (se usar manteiga com sal, omita o sal fino)
Água fria q.b.

No robô de cozinha, misturar em baixa velocidade, a farinha, a manteiga aos cubos e o sal, até obter uma massa areada. Juntar 1 colher de sopa de água. Misturar. Juntar mais uma colher de sopa de água e bater até obter uma massa lisa. Caso ache a massa demasiado seca pode juntar mais uma colher de sopa de água, mas atenção para não exagerar (é mais seguro ligar o robô na velocidade máxima para que os ingredientes ficarem bem misturados do que juntar mais água).

Embrulhar a massa em película aderente e deixar descansar 1 hora. Entretanto, aproveitar para fazer o recheio da tarte.

Estender a massa numa superfície enfarinhada. Colocá-la numa tarteira previamente untada. Aparar as bordas com uma faca afiada. Cobrir a tarte com papel vegetal e por cima colocar feijão ou grão seco para fazer peso (uso umas bolinhas de cerâmicas).   Levar ao forno pré-aquecido a 170 graus durante 10 minutos. Retirar o papel vegetal e os pesos, levar mais 10 minutos ao forno (não deixar que a massa doure).

Recheio:

400/425 g de polpa de abóbora assada
 (para isso precisei de cerca de 800 g de abóbora, 
pesada com casca)
1 ovo
235 ml de leite evaporado
1 colher de sopa de amido de milho
1 colher de chá de canela
½ colher de chá de gengibre em pó
1 pitada de noz-moscada
1 pitada de sal

Assar a abóbora no forno num pirex untado com manteiga (deixar a casca da abóbora para proteger a polpa). Costumo assá-la a 200 graus, sendo que o tempo depende da forma como cortamos a abóbora (quanto mais finas as fatias, menos tempo leva). Neste caso, usei uma metade de uma abóbora e levou mais de 1 hora a assar. 


Deixar arrefecer e retirar a polpa da abóbora. Numa tigela colocar todos os ingredientes e misturar com a varinha mágica (mixer) até obter uma massa homogénea. Verter o recheio sobre a massa. Levar ao forno por 40 minuto, até o recheio estar firme. Comer assim simples ou servir com gelado de baunilha, ou natas batidas. 

14/10/09

4 por 6 – Folhados de salsichas frescas e sálvia + abóbora assada com especiarias


Embora o Verão teime em ficar, a minha sugestão para este 4 por 6 é já a pensar nos dias mais frios, em que nos apetece ligar o forno para aquecer a casa... isso neste momento parece-me tão longínquo...

A receita dos folhados de salsichas é adaptada de uma do Jamie Oliver.



Ingredientes:


400 g de salsichas de porco frescas
300 g de massa folhada congelada
1 cebola
1 colher de sopa de manteiga
Sálvia
Pão ralado q.b.
1 ovo


Acompanhamento:


800 g de abóbora
Especiarias a gosto


Cortar a cebola em finas meias-luas e cozinhá-la em manteiga até amolecer e dourar. Juntar a sálvia, cozinhar 2 ou 3 minutos. Deixar arrefecer. Retirar a pele das salsichas e juntar ao recheio à cebola e sálvia, acrescentando o pão ralado necessário para agregar os ingredientes. Depois de descongelada, estender e cortar a massa folhada de acordo com o tamanho de folhados que desejar. Depois rechear e fechar a massa, calcando a extremidade com um garfo. Pincelar com gema de ovo. Vai ao forno pré-aquecido a 210º cerca de 25 minutos.


Nota: 300 g de massa folhada deu-me para 12 folhados, mas depende do tamanho que cortarem a massa.




Abóbora assada com especiarias: retirar a casca da abóbora (não é obrigatório). Cortar a abóbora como desejar (laminei-a para ser mais rápido o processo de assar), temperá-la com sal, pimenta, noz-moscada e canela. Colocar num recipiente de ir ao forno e regar com azeite. Assar.




Vamos às compras e às contas: os preços de referência desta refeição são os do Continente. Mais uma vez deixo aqui uma nota para a diferença de preços entre o Continente e as mercearias no que toca aos legumes e frutas. A abóbora comprei-a na mercearia a 99 cêntimos o quilo, no Continente custa € 1,67.




Dica de poupança: muitas vezes esquecemo-nos das ervas aromáticas no frigorífico e quando damos por elas estão estragadas. Para evitar que tal aconteça, poderá secá-las, conservá-las em azeite ou congelá-las. Deixo-vos aqui um link com dicas de conservação de ervas aromáticas do site coisasdaterra.

30/09/09

4 por 6 – Sopa de pêra e curgetes + Cobbler de tomate

O tomate mereceu protagonismo na minha proposta desta semana, pois além de estarmos na época em que estão mais saborosos, encontrei uns a apenas 30 cêntimos o quilo. Um achado! As duas receitas de hoje são de Mark Bittman (outra vez!) – a sopa de curgetes e pêra já a tinha apresentado, a outra, encontrei-a no Chucrute com Salsicha.




Cobbler de tomate


Este cobbler - de aspecto algo rústico... já para não dizer feiote - é verdadeiramente delicioso. Neste caso, a proposta é que seja o prato principal de uma refeição vegetariana. Mas se lá em casa forem menos de 4 pessoas e restar, podem comê-lo na refeição seguinte como acompanhamento.

Ingredientes:

De 1 kg a 1,300 kg de tomates bem maduros (usei 1,200 kg chucha)
1 colher de sopa de amido de milho
Sal e pimenta
1 chávena de farinha de trigo
1 chávena de farinha de milho integral
(aquela muito amerelinha e de moagem mais grossa do que
a farinha de milho tradicional que compramos no supermercado)
1 ½ colher de chá de fermento em pó
¼ colher de chá de bicarbonato de sódio
4 colheres de sopa (56 ) de manteiga bem gelada cortada em cubinhos
1 ovo batido
¾ chávena de buttermilk*
(1 colher de sopa de sumo de limão + leite magro até perfazer os ¾ de chávena – 180 ml)
½ chávena de ervas frescas picadas
(usei manjericão, tomilho-limão secas e alecrim fresco, a gosto)

*O buttermilk pode ser substituído pelo seguinte preparado (quantidade para 1 chávena, mas eu usei ¾ chávena): 1 colher de sopa de sumo de limão à qual se adiciona o leite magro (morno) necessário para perfazer 1 chávena (ou ¾ chávena). Deixar repousar durante 10 minutos.

Untar um recipiente de ir ao forno com azeite ou manteiga. Lavar os tomates e cortá-los como desejar (em fatias, ou em quartos), colocá-los numa tigela e polvilhar com o amido de milho. Temperar com sal e pimenta. Misturar bem e reservar.

No robô de cozinha, colocar a farinha de trigo, a farinha de milho, o fermento, o bicarbonato e uma pitada de sal. Adicione a manteiga gelada e ligar o robô (botão pulse) até obter um preparado granulado. Adicionar as ervas, o ovo batido e o buttermilk e ligar o robô até a massa ficar firme. Acrescentar mais farinha se a massa ficar muito mole ou mais buttermilk (ou leite) se ficar muito seca.

Colocar os tomates no recipiente de ir ao forno, espalhar a massa por cima, usando uma espátula, até cobrir tudo. Com diz a Fer “Não precisa ficar perfeito, deixe buraquinhos para o vapor poder escapar”. Levar ao forno, pré-aquecido a 190 graus, durante 45 minutos, até que a massa fique dourada e o recheio borbulhante. Retirar do forno, deixar arrefecer um pouco e servir.

Vamos às compras e às contas: com excepção da farinha de milho integral, que foi comprada no Celeiro, os preços de referência desta refeição são os do Continente. Queria no entanto fazer aqui uma ressalva: os tomates custaram-me 30 cêntimos o quilo numa mercearia... Ou seja, no Continente custam o quadruplo! Assumi o preço do Continente no quadro das contas, mas caso tivesse colocado o preço real (€ 0,36 – 1,200 kg de tomate), o total desta refeição seria apenas € 2,92 (uma redução de € 1,08)! Fica aqui uma vez mais provado que não compensa comprar tudo no mesmo supermercado.



Dica de poupança: querem fazer uma determinada receita, mas as palavras buttermilk, sourcream, iogurte grego ou mascarpone na lista dos ingredientes causam-vos arrepios devido ao preço? Não se preocupem: podem substituí-los por ingredientes bastante mais baratos:

Sourcream – substituam por iogurte natural.
Buttermilk – sigam a indicação que acima vos deixei
Iogurte grego – deixar o iogurte a escorrer de um dia para outro, para que liberte o soro e fique espesso.
Mascarpone – vejam aqui no Outras Comidas como fazê-lo.

28/09/09

Sopa tailandesa de cenoura


Um dos ingredientes que mais me seduz na culinária tailandesa é, sem dúvida, a erva-príncipe. O seu sabor perfumado, intenso e ao mesmo tempo delicado, o seu travo a limão… uma delícia. Por isso, percebi logo que esta receita (do Mark Bittman) com a chancela da minha querida Carlota/Tangerina, era “a” sopa de cenoura e coco que eu andava há 2 semanas a procurar para fazer a vontade ao Luís.


Ingredientes:

2 colheres de sopa de óleo
3 talos de erva-príncipe*
2 dentes de alho
1 colher chá de gengibre fresco ralado
(ou ½ colher de chá de gengibre em pó)
500 g cenoura (pesada depois de arranjada)
Sal e pimenta
250 ml leite de coco (200 ml, no original)
400 ml água (200 ml, no original)
Coentros (não usei)

*Vendem-se congelados nas lojas de produtos asiáticos (Martim Moniz). Mas caso tenham dificuldade em comprar, não deixem de fazer esta sopa: façam um chá de erva-príncipe bem aromático e, em vez de água, usem o chá (ou uma parte de chá, outra de água).

Aquecer o óleo com a erva-príncipe (se os talos forem grandes, cortá-los ao meio), o gengibre e o alho picado, Cozinhar em lume médio até o alho estar dourado. Juntar as cenouras cortadas às rodelas, o sal, a pimenta, os talos dos coentros (se optarem por usar coentros), o leite de coco e a água. Deixar cozinhar até as cenouras ficarem tenras. Retirar os talos da erva-príncipe e triturar a sopa. Se a sopa estiver muito basta, juntar um pouco de água. Rectificar os temperos e servir com folhas de coentros (eu servi com pedacinhos de gengibre fresco).

25/09/09

Tarte de morangos & iogurte (o fino da bossa) da Fer


Na segunda-feira, vi esta receita no Chucrute com Salsicha e fiquei tão entusiasmada com as palavras da Fer que não aguentei enquanto não experimentei. É raríssimo fazer doces durante a semana laboral – quando faço é ao fim-de-semana – mas perante a promessa de rapidez não hesitei. Além disso, sou fã de tartes, sobretudo frescas. Como diz a Fer, esta sobremesa é “o fino da bossa” (Fer, mas o que é que você faz que não seja o fino da bossa?)! A minha foto não faz justiça à tarte, pois foi tirada à noite... mas a da Fer está linda.


Massa:

200 g de bolachas digestivas
4 colheres de sopa de manteiga



Recheio:

1 pacote de gelatina em pó sem sabor (6 g)
2 chávenas de iogurte grego ou iogurte gordo drenado
(deixei a escorrer de um dia para o outro
5 iogurtes naturais sem açúcar,
para lhes retirar o soro )
1 chávena de natas frescas (250 ml)
½ chávena de açúcar
1 colher de chá de extracto de baunilha
2 chávenas de morangos
(arranjados e cortados em cubinhos)


Triturar as bolachas e misturar com 4 colheres de sopa de manteiga derretida (quando acho que a massa está ainda muito desagregada, deito mais um pouco de manteiga ou uns pinguinhos de água). Forrar uma forma de tarte com esta massa.

Numa caçarola pequena, colocar 4 colheres de sopa de água e a gelatina em pó. Deixar repousar 5 minutos e depois aquecer em lume brando, mexendo sempre até que a gelatina se dissolva. Numa tigela pequena, misturar a gelatina e ¼ das natas (ou 50 ml, se usar outra unidade de medida). Noutra tigela, misturar o iogurte, o açúcar e a baunilha. Junte a mistura de iogurte à de gelatina. Misturar bem e levar ao frigorífico 5 minutos.

Entretanto, bater as natas até formarem picos. Envolva este chantilly com a mistura de iogurte e adicione uma parte dos morangos picados, reservando alguns para enfeitar a tarte. Verter o recheio na tarteira, decorar com morangos e levar ao frigorífico 30 minutos.

23/09/09

Figos conservados em Rum





Já percebi que para a maioria dos nossos leitores terminou a época dos figos. Peço desculpa pelas tardias receitas com esta deliciosa fruta, mas não me queria despedir da temporada sem vos deixar mais esta... pode ser que ainda dê para fazer, nem que tenham que reduzir as quantidades. A receita é do livro How to be a Domestic Goddess, de Nigela Lawson, e, segundo as indicações da autora, é para ser consumida pelo Natal (3 a 4 meses depois de feita), com uma torrada de Panetonne (ou de Bolo-rei, digo eu). Mas gosto destes figos sobretudo com gelado de natas ou de baunilha.


Ingredientes:


1 kg figos
(a receita original leva figos pretos.. mas faço com verdes)
100 ml de rum (75 ml, no original) + 2 colheres de sopa (30 ml)
(pode ser necessário usar mais – ver receita)
500 g açúcar
500 ml água



Lavar e secar os figos cuidadosamente. Numa caçarola, em lume brando, dissolver o açúcar na na água, mexendo sempre. Deixar fervilhar durante 15 minutos. Retirar do lume e acrescentar os 100 ml de rum e os figos. Levar ao lume cerca de 1h30m, mexendo ocasionalmente com uma colher de pau. Durante esse período, tapar a caçarola, mas não totalmente: deixar num ângulo que permita a evaporação de algum líquido. Assegure-se de que os figos cozinham homogeneamente (vire-os a meio da cozedura, mas faça-o com cuidado). Colocar os figos num frasco de vidro previamente esterilizado. Deixar o xarope ao lume uns 10 minutos para reduzir. Juntar 2 colheres de sopa de rum e mexer. Verter o líquido para o frasco e, caso os figos não fiquem cobertos pelo xarope, acrescentar mais rum. Guardar num lugar escuro (validade: 6 meses).

21/09/09

Lombinhos de porco com figos e vinho do Porto



Este ano voltaram a passar pela minha cozinha “carradas” de figos deliciosos, rechonchudos e doces, 100% biológicos, de uma árvore de ninguém, colhidos por quem bem conhece a minha paixão por este fruto… Da maioria desses figos fiz compota, de outra parte, salada, alguns comi-os como sobremesa, assim simples… Ontem, à laia de despedida, confeccionei este prato, no qual o tomilho-limão joga um papel fundamental, ao conferir um sabor acidulado à carne, que contrasta na perfeição com a doçura do molho de figos.


Ingredientes (4 pessoas):



500 g de lombinhos de porco
Vinho branco
Massa de pimentão
3 dentes de alho
Tomilho-limão (usei seco)
1 folha de louro
Sal q.b.



Molho figos:

2 dl de vinho do Porto
½ cebola picada
10 a 12 figos (os meus eram pequenos)
Molho de assar a carne, coado




Barrar os lombinhos com massa de pimentão e o alho picado. Deixar marinar pelo menos 2 horas em vinho branco, temperado com tomilho-limão e louro. Ligar o forno a 240 graus. Secar os lombinhos em papel absorvente. Numa frigideira, dourá-los em azeite. Numa assadeira, colocar os lombinhos e o líquido da marinada. Assar entre 40 a 45 minutos (manter durante uns 20 minutos o forno a 220 graus, descendo depois para os 160 graus – indicações para forno a gás). Ir vigiando a carne, regando com o molho e acrescentar água caso seja necessário.

Refogar a cebola num pouco de azeite, juntar o molho de assar a carne, previamente coado. Deixar cozinhar a cebola uns 3 minutos. Acrescentar o vinho do Porto e os figos cortados aos quartos. Deixar reduzir o molho. Servir os lombinhos às fatias com o molho de figos. Para acompanhamento, sugiro arroz branco ou batata assada e uma salada de rúcula.


Intervalo para publicidade: usei tomilho-limão seco, de agricultura biológica, produzido pelos meus queridos amigos, Rosário e Henrique. Fiquem de olho na etiqueta Ervas da Zoé, pois as ervas aromáticas e os chás desta marca são maravilhosos e de exímia qualidade, produzidos e misturados com imenso carinho e muitíssima sabedoria.

18/09/09

4 por 6 na Ucrânia: Borscht e Ameixas recheadas à moda da Lyudmyla


No passado fim-de-semana, no âmbito da iniciativa TODOS, cujo objectivo foi promover um encontro de culturas no Martim Moniz, tive o prazer de participar em 2 aulas de culinária. No sábado, tivemos uma divertidíssima aula indiana, com direito a danças ao estilo Bollywood. Já no Domingo, a Lyudmyla e o marido deram-nos a conhecer alguns pratos típicos do seu país, a Ucrânia.


Decidi replicar aqui duas das receitas que aprendi com a simpática (e paciente) Lyudmyla, pois enquadravam-se perfeitamente no espírito do 4 por 6: uma sopa-refeição (coisa que adoro!) e uma sobremesa deliciosa (para comer com muita moderação ;-)).


As quantidades são adaptadas ao meu gosto e às exigências de uma refeição económica. Sempre que fujo à receita original da Lyudmyla assinalo-o.
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Borscht
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Ingredientes:
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400 g de entrecosto
Água q.b.
350 g couve lombarda ou coração
200 g beterraba
(pode usar beterraba já cozida, eu optei por crua, por ser mais barato)
225 g batata
2 tomates pelados (ou polpa de tomate, no original)
100 g feijão cozido
1 cebola (180 g)
Azeite q.b. (no original, óleo de girassol)
Sal e pimenta
1 folha de louro
2 dentes de alho
Sumo limão q.b.
Salsa q.b.
Iogurte para enfeitar (natas, no original)


Cozer o entrecosto em água sem sal (usei a panela de pressão e foram cerca de 10 minutos, após disparar o apito). Enquanto a panela de pressão está ao lume, preparar os vegetais: ralar a beterraba e a couve (ou cortá-la finamente); cortar a batata aos cubos e picar a cebola grosseiramente. Deitar a couve a a batata na panela (a partir daqui, uso a panela de pressão como se de uma panela normal se tratasse). Acrescentar água quente, caso seja necessário, e sal. Manter ao lume. Entretanto, refogar a cebola em azeite. Juntar a beterraba ralada, deixando cozinhar um pouco até adicionar o tomate (ou a polpa). Deixar apurar. Juntar esta mistura à sopa. Depois, misturar o feijão. Temperar com pimenta preta, alho laminado e uma folha de louro. Quando levantar fervura, apagar o lume. Adicionar um pouco de sumo de limão. Servir polvilhada com salsa e com uma colher de iogurte.




Ameixas recheadas à moda da Lyudmyla




 Antes de provar, torci um pouco o nariz a esta sobremesa, pois pensei que a combinação não ia resultar. A maioria das pessoas tem a mesma reacção, mas quando prova... fica completamente rendida (eu também fiquei!).




Ingredientes:

20 ameixas secas (cerca de 125 g)
2,5 dl de vinho do Porto
(na Ucrânia usa-se vinho tinto e sumo de ginja)
1 colher de sopa de mel
Nozes (meia noz por ameixa)
Leite condensado q.b.


Num tacho, deitar o vinho, o mel e as ameixas. Levar ao lume até levantar fervura. Coar as ameixas (não deitar o líquido fora, pois pode servir para aromatizar um sumo ou para uma sobremesa). Quando as ameixas estiverem frias, rechear cada uma com meia noz. Servir com um pouco de leite condensado por cima.
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Vamos às compras e às contas: uma vez mais os preços de referência são do Continente, com excepção das ameixas. Estas últimas foram compradas no supermercado Lidl, pois vendem-nas mais baratas, e sem caroço.


Quanto ao feijão, prefiro comprá-lo seco e cozê-lo na panela de pressão: é mais saboroso e mais barato. Normalmente, conservo-o no congelador em pequenas doses, que depois vou utilizando à medida das minhas necessidades.


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Dica de poupança: a panela de pressão é uma excelente aliada de quem não tem tempo nem dinheiro para desperdiçar: torna a cozedura 3 vezes mais rápida, poupando-se assim energia. Além disso, conserva o sabor e os nutrientes dos alimentos.


Se a usarmos de acordo com as normas de segurança, correrá tudo bem... e olhem que é uma desastrada a falar! E as regras são: não usar demasiada água (encher apenas 2/3 do volume) e só retirar a tampa depois de todo o vapor se ter libertado.

16/09/09

Panna cotta de baunilha com coulis de morango

Hoje, era o meu dia do 4 por 6, mas atrasei-me um pouco na preparação da ementa, já que os pratos que vou sugerir aprendi-os recentemente e era necessário testar quantidades (felizmente a Laranjinha safou-me, antecipando a sua participação). Assim, apresento-vos a sobremesa do tal jantar de amigas de que vos falei na semana passada: uma panna cotta com coulis de morango, receita da querida Elvira. Ultimamente ando completamente rendida a esta sobremesa de sabor suave, mas notável, e de simples e rápida confecção (se não contarmos com as horas de refrigeração, claro!).


Ingredientes
(4 ou 5 pessoas):
600 ml de natas líquidas
50 g de açúcar
1 pacote de gelatina em pó (6 g)
1 vagem de baunilha
2 colheres de sopa de água para dissolver a gelatina
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Coulis de morangos:
350 g de morangos maduros lavados e arranjados
150 g de açúcar
(200 g de açúcar em pó na receita original)
sumo de 1/2 limão
 
Colocar as natas e o açúcar numa caçarola ou tacho pequeno. Abrir a vagem de baunilha, no sentido longitudinal, com a ponta de uma faca. Raspar as grainhas da baunilha e adicioná-las às natas, juntando também a vagem. Aquecer em lume brando, mexendo sempre. Assim que levantar fervura, retirar o tacho do lume e deixar repousar 10-15 minutos. Retirar a vagem de baunilha. Entretanto, misturar a água à gelatina e deixar repousar 2 ou 3 minutos (são estas as instruções que vêm na embalagem).
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Juntar a gelatina à panna cotta, levar um pouco ao lume (brando) até dissolver a gelatina. Deitar a panna cotta em formas, ramequins, ou até mesmo chávenas de chá. Refrigerar de 4 a 6 horas antes de desenformar. Desenformar a panna cotta (mergulhar as formas em água quente e depois ajudar com a faca).
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A Elvira fez o coulis de um modo mais simples e rápido, não o levando ao lume. Mas eu fiz mais tipo compota para que se pudesse conservar mais tempo (além disso não tinha açúcar em pó e queria que o açúcar ficasse bem dissolvido). Triturar os morangos com o sumo de limão e o açúcar. Levar ao lume e deixar fervilhar durante 15 minutos. Reservar (só servir quando estiver à temperatura ambiente).
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