30/08/10

Chá gelado de erva-cidreira com especiarias


Aqui há uns tempos prometi à minha amiga Rô que apresentaria aqui alguns chás gelados, feitos com produtos Ervas da Zoé, para combater a ideia de que o chá é para beber quente e nos dias de invernia. Aqui está mais uma prova de que o chá e as tisanas são excelentes bebidos bem frescos. Simples, com especiarias ou ervas condimentares e/ou aromáticas. Mais: é muito melhor feito em casa do que comprar aqueles refrigerantes horrorosos (pelo menos para mim) - cujo nome não vou aqu mencionar, pois só faço publicidade ao que gosto. ;-)

Ingredientes:

1 litro de água
2 ½ colheres de sopa de erva-cidreira
(se preferir, pode usar Lúcia-lima)
1 anis estrelado
2 ou 3 cravos-da-Índia
8 vagens de cardamomo
(pressionar as vagens para que se abram e o aroma se liberte)
2 colheres de sopa de mel

Ferver a água com as especiarias. Apagar o lume. Juntar a erva-cidreira e deixar infundir 10 minutos. Coar. Adoçar com mel. Refrigerar.

27/08/10

Caril de batata com espinafres (saag aloo)


Esta semana, a revista Time Out destaca 10 restaurantes vegetarianos de Lisboa. Existem mais, mas aqueles são apontados como os melhores. Ao aperceber-me da variedade que actualmente existe nesta cidade, lembrei-me dos anos em que a única opção realmente decente para ir comer fora com vegetarianos era levá-los a um restaurante indiano. Aí, as nossas escolhas habituais recaiam sobre o biryani de legumes (arroz basmati com legumes), o paneer saag (aqui está a opção com ervilhas, em vez de espinafres), malai kofta (um género de almôndegas, feitas com queijo paneer e vegetais), este saag aloo (caril de batatas e de espinafres).



Ingredientes:


350 espinafres (já arranjados)
350 g batatas
3 tomates pequenos
(frescos, previamente escaldados e sem pele, ou de lata)
1 cebola
1 colher de chá de sementes de mostarda
1 colher de chá de sementes de coentros
1 colher de sopa de garam masala
1 colher de chá de curcuma

1 colher de chá de cominhos em pó
2 colheres de sopa de óleo
Sal q.b.


Descascar e cortar as batatas em cubinhos. Numa caçarola, em lume brando, aquecer o óleo com as sementes de coentros e de mostarda, deixando que elas libertem o aroma. Juntar a cebola picada e deixá-la ganhar cor, sem queimar. Adicionar as especiarias em pó (garam masala, curcuma e cominhos). Deixar tomar sabor (2 minutos bastam). Juntar os tomates e quando eles estiverem desfeitos, juntar os espinafres. Verificar se é necessário adicionar um pouco de água, mas atenção, este prato não fica a boiar em molho, nada disso... os espinafres são efectivamente o molho. Entretanto, dar uma fervura às batatas em água com sal (não é para ficarem totalmente cozidas). Quando os espinafres estiverem cozinhados, juntar as batatas e deixá-las ganhar sabor. Verificar o sal.



Servir acompanhado com arroz. Os não vegetarianos podem servir este prato como acompanhamento para grelhados (desde que temperados com simplicidade, para contrabalançar as especiarias do caril).

25/08/10

Sopa de alho francês e cogumelos



Sopa? Mas está taaaanto calor! Pois é, mas eu gosto de sopa faça chuva ou faça sol, faça frio ou calor. Aliás, a sopa é por excelência a minha comfort food. E, para aguentar o choque do regresso ao trabalho depois de umas boas – mas sempre curtas – férias, o meu corpo precisava mesmo do conforto que só uma sopinha restabelecedora proporciona.

Ingredientes:

2 alhos franceses
250 g de cogumelos
7,5 dl a 1 l de caldo de legumes
(ou água com um 1/2 cubo de caldo de legumes biológico)
2 colheres de sopa de azeite
1 dl de vinho branco
Sal e pimenta q.b

Retirar a parte verde escura do alho francês – uso a parte branca e a verde clara, pois detesto desperdício; além disso, a parte verde clara dá bastante sabor. Cortar em finas rodelas e lavar. Escorrer bem. Entretanto, limpar os cogumelos e fatiá-los. Numa panela, aquecer o azeite e estufar o alho francês durante 5 minutos. Juntar os cogumelos. Deixar estufar mais um pouco. Verter o vinho. Deixar apurar 1 ou 2 minutos. Temperar de sal e pimenta. Juntar o caldo e deixar cozinhar de 15 a 20 minutos. Verificar os temperos.

23/08/10

Chá príncipe gelado com gengibre


Nos dias de calor, nada como uma bebida bem gelada para refrescar. Eu sei que nos países verdadeiramente quentes, o chá é consumido quase a ferver para espantar o calor. Mas muito sinceramente não consigo, fico logo a suar as estopinhas, o que me deixa uma sensação de grande desconforto. Prefiro o meu bem gelado, como este.



Ingredientes:


3 colheres de sopa de erva príncipe (Ervas da Zoé, claro está!)
7,5 dl de água
2 colheres de sopa de mel
2 colheres de sopa de gengibre ralado
Limão para servir
Gelo q.b.


Deixar a erva príncipe 10 minutos em infusão na água a ferver. Coar para um jarro. Dissolver 2 colheres de sopa de mel e juntar 2 colheres de sopa de gengibre ralado. Deixar em infusão cerca de 30 minutos. Coar. Pôr no frigorífico. Servir bem frio, com uma rodela de limão e umas pedras de gelo.

20/08/10

Shakshuka (ovos escalfados em molho de tomate com especiarias)


Continuo completamente sintonizada na época do tomate, aproveitando a oferta da Laranjinha. Apetecia-me fazer uma tomatada à portuguesa, mas acho que a maioria dos leitores saberá fazer tão bem ou melhor do que eu, portanto, decidi dar a conhecer uma versão israelita de tomatada – shakshuka – que adaptei a partir da receita do blogue Smitten Kitchen. Quando andava à procura de receitas, acabei por descobrir que nos países de expressão inglesa (nomeadamente Grã-Bretanha e EUA) se dá um nome bem engraçado à tomatada: Eggs in Purgatory.



Ingredientes:


750 g de tomate fresco (pode usar tomate pelado de lata)
1 pimento verde pequeno
1 cebola
3 dentes de alho
2 colheres de sopa de azeite
1 pitada de açúcar
1 colher de sopa de paprica
Cominhos a gosto
Molho picante (tabasco ou outro)
Sal q.b.
4 ovos
100 g queijo feta
Salsa picada para enfeitar


Lavar os tomates. Fazer um corte em cruz na extremidade de cada tomate. Escaldar os tomates em água a ferver. Passar por água fria. Retirar a pele dos tomates e o pé. Reservar. Numa frigideira grande, ou caçarola, estrugir a cebola picada e o pimento cortado em cubinhos pequenos. Juntar o alho laminado. Deixar dourar. Esmague o tomate com as mãos e vá juntando ao refogado. Deixar cozinhar cerca de 20 minutos, juntando os temperos e uma pitada de açúcar para cortar a acidez do tomate. Se achar o molho muito espesso, junte um pouco de água.

Escalfe os ovos neste molho. Quando estiverem a seu gosto (há quem goste da gema quase cozida... eu prefiro-a líquida), apague o lume e polvilhe a shakshuka com o queijo feta esfarelado e salsa picada (esta parte, esqueci-me...). Servir acompanhado com pão pita (se preferir, pode acompanhar com arroz, ou com o nosso maravilhoso pãozinho alentejano).

16/08/10

Tarte de tomate e pesto


Quando era miúda detestava tomate. Estava, portanto, longe de adivinhar que, mais crescidita, este fruto se tornariam dos meus alimentos favoritos. Vermelho, ligeiramente ácido, perfumado, maduro e suculento... é verdadeiramente irresistível, sobretudo quando está no seu auge, como acontece no Verão. Recebi um saco de belíssimos tomates da quinta da mãe da minha amiga Laranjinha e a habitual preguiça estival que me acomete nesta época de calor desapareceu imediatamente. Senti-me revigorada só de os cheirar. Lembrei-me logo da tarte de tomate e pesto da querida Gasparzinha e...mãos à obra!

Nesta receita, fiz uma massa com azeite que aqui já apresentei - se preferirem a massa com manteiga, aconselho a usarem a versão da Gasparzinha. Para o recheio, usei apenas tomate e pesto, pois queria servir a tarte como acompanhamento de umas salsichas frescas grelhadas. A tarte fica bastante bem como acompanhamento, mas pode também ser servida como entrada ou até mesmo prato principal.

Massa (receita para uma forma de 24 cm diâmetro):

1 chávena farinha sem fermento

¼ colher de chá de sal
1 colher de sopa de água
2 colheres de sopa de azeite
1 ovo grande batido

Recheio:

2 colheres de sopa de pesto
(de compra ou caseiro - gosto muito deste de coentros e sementes de abóbora)
Tomate q.b. (usar o suficiente para cobrir a tarte)
Pitada de sal

Massa: no robô de cozinha (ou processador), juntar a farinha e o sal. Misturar. Juntar o azeite. Misturar 2 ou 3 segundos. Finalmente, verter o ovo e a água. Misturar cerca de 10 segundos. Retirar e formar uma bola (se estiver estiver muito pegajosa, juntar um pouco mais de farinha). Guardar no frigorífico, no mínimo 30 minutos, envolta em película aderente.

Estender a massa fina como se fosse uma pizza (não é preciso cobrir os lados da tarteira). Picar o fundo com um garfo e colocar pesos por cima (feijão, grão ou bolinhas cerâmicas próprias para esse fim). Levar ao forno pré-aquecido a 180 graus durante 10 minutos. Retirar do forno, rechear, espalhando o pesto pelo fundo da tarte e cobrindo com o tomate cortado em fatias finas. Polvilhar com um pouco de sal (atenção que o pesto já tem sal!). Levar ao forno novamente, cerca de 20 minutos.

Este cobbler é também uma excelente opção para apreciadores de tomate.