Esta receita é de uma amiga da minha mãe, a Maria Fernanda, uma doceira de mão cheia. Em tempos, teve um pequeno café que vendia doces conventuais da região de Coimbra, pastéis de Tentúgal, pastéis de Santa Clara, queijadas de amêndoa. Era tudo feito artesanalmente, até o queijo fresco para as queijadas. Talvez por isso muitos viajantes fizessem questão de fazer um desvio para parar naquele verdadeiro paraíso à beira da estrada.
Esse local faz parte das minhas memórias de infância... A bancada de mármore onde a massa dos pastéis de Tentúgal era estendida até ficar com a espessura de papel vegetal (nunca comi outros iguais); o cheiro das queijadas acabadinhas de sair do forno; o prazer de trincar a fina massa dos pastéis de Santa Clara e saborear o delicioso recheio de doce de ovos e de amêndoa – os últimos que comprei, numa pastelaria no centro de Coimbra, eram tão grossos que nunca mais fui capaz de repetir a experiência (já lá vão mais de 15 anos); as brincadeiras com o Nando e a Cristininha, com quem jogava pingue-pongue e inventava histórias com soldadinhos, animais em miniatura e comboios eléctricos.
Ingredientes:
250 g miolo de nozes
250 g açúcar
2 colheres de chá de farinha
(não é engano: são mesmo 2 colheres de chá ;-))
1 colher de chá de fermento
6 ovos
Picam-se as nozes no robô de cozinha. Mistura-se a farinha com o fermento e envolvem-se as nozes moídas. Batem-se bem as gemas com o açúcar (é preciso energia!) e adiciona-se a mistura das nozes com a farinha e o fermento (fica uma massa consistente). Batem-se as claras em castelo bem firme e envolvem-se, aos poucos, com a massa.
A melhor forma de assegurar que a torta não se parte após a cozedura, quando for enrolada, é usar papel vegetal. Num tabuleiro, colocar uma folha de papel vegetal, untar com manteiga e farinha, ou com spray desmoldante (usei spray). Verter a massa e levar ao forno, previamente aquecido (10 minutos) entre 180 a 200 graus deixando cozer entre 10 a 15 minutos.
Pegando nas pontas do papel vegetal, vai-se enrolando a torta, ainda quente e deixa arrefecer completamente antes de servir.
Ola Pipoka,
ResponderEliminarE incrivel ate onde a comida nos pode levar! Adorei ler este teu regresso a infancia pela mao da torta da Maria Fernanda!
E para alem do mais, ficou linda, enrolada na perfeicao. :)
Beijinhos
Sofia
Que bonita ficou e tão perfeitinha.
ResponderEliminarHà comidas e cheiros que nos marcam e que nos dão a sensação de Déjà vu!
Beijinhos
Esta torta está linda. Perfeita.
ResponderEliminarUm beijinho
Não sei se gosto mais da receita se das memórias....
ResponderEliminarCada uma mais doce que a outra!
Beijo
Babette
Que torta deliciosa, está na lista lista para fazer. Que maravilha.
ResponderEliminarai que deve ser qq coisa de extraordinária!!!
ResponderEliminarbjs e Feliz 2011 :)
Como são ricas as boas lembranças da infância! E quando a comida nos transporta para elas, ficam ainda mais saborosas e perfumadas!
ResponderEliminarLinda torta!
Bom ano, Pipoka!
:o)
Aqui está a tão esperada torta :)
ResponderEliminarConsigo sentir-lhe o cheiro, tanta era a ansiedade de ver a receita hehehe
Numa só palavra: Fantástica!
Nossa, ficou linda!
ResponderEliminar:)
Ui, que até fui a Coimbra e vim :) Que torta linda!
ResponderEliminarPipoka
ResponderEliminarQuando a vi pensei: tenho de fazê-la!
Quando te li fui comer chocolate, pois fiquei em sofrimento com a descrição dos doces.
Beijo
São tão agradáveis as recordações dos bons tempos, e com uma receita destas á mistura então.... uma verdadeira delicia!
ResponderEliminarTão perfeita que fiicou.
Um beijinho
Pipoka, que linda que ficou! Está parecendo perfeita. Imagino que o sabor tenha sido bem leve e delicado. E que lindas memórias.
ResponderEliminar@Sofia, é verdade a comida surge sempre associada a uma memória, uma história engraçada...
ResponderEliminar@Rachel e @Laranjinha, imaginem vocês que, até há pouco tempo, tinha receio de enrolar tortas, mas não há nada como treinar.
@Babette, tu tens a capacidade de nos deliciares com as tuas receitas e memórias.
@Célia, quando fizeres diz-me a tua opinião!
@coffee, obrigada e Bom ano também para ti.
@Noémia, obrigada e Bom ano!
@Moira, és tu a minha principal incentivadora no que toca às tortas. Obrigada!
@Talula, obrigada!
@Ameixa, ainda bem que te fiz viajar. Para a próxima chegas aqui a Lisboa, vais ver!
@Helena, amiga não quero que fiques em sofrimento, só se for como desculpa para comer chocolate!
@Gisela, as minhas memórias estão muito ligadas à comida... dá para notar ;-)
@Valentina, o sabor da torta é bem assim, leve e delicado. Obrigada.
beijos a todas
Que coisa linda!!!
ResponderEliminarE tendo eu ontem vindo de Lamego com um sacão de nozes que uma cliente querida me ofereceu, olha só o destino que elas vão ter.
Fiquei com uma dúvida: eu costumo forrar o tabuleiro com vegetal, mas depois desenformo as torta para outro vegetal e nesse é que as enrolo.
O que sugeres aqui é que se enrole no vegetal do próprio tabuleiro, sem desenformar primeiro?
@Gasparzinha, é exactamente isso que sugiro. Eu enrolei a torta com ajuda do papel vegetal com o qual ela foi ao forno. Não precisei de a tirar do tabuleiro e mudar para um pano ou outro papel vegetal. Acho que o uso de spray desmoldante para untar o papel vegetal ajuda imenso esta operação, pois a torta fica super solta depois da cozedura.
ResponderEliminarbeijos
Entendi e assim farei! :) Esta não me escapa.
ResponderEliminarBeijinhos
Olá, Isabelinha (é assim que ficou o teu nome na minha memória)
ResponderEliminarFoi muito bom reencontrar aqui um bocado da nossa infância. Este blogue alimenta uma pessoa só de de olhar e a fotografia da torta está tal e qual como a minha mãe ainda faz.
Bons tempos os de Tentúgal ou da Praia Grande, por exemplo.
Beijos
Nando
Feliz 2011 ... muita paz e saúde para vcs.
ResponderEliminarEstou aqui na dúvida: faço, nao faço .. claro que terei que fazer ... Beijos.
uma belo passeio a infancia
ResponderEliminaras receitas que nso lembram esses momentos sao as que sabem melhor:-)