29/07/08

Queques de arando, laranja e pepitas de chocolate branco


Depois de algumas pesquisas de receitas com arandos (cranberries) secos, apercebi-me de que este fruto vermelho além de casar na perfeição com laranja – vejam a receita do Tachos de Ensaio - também se dá muito bem com o chocolate branco (aliás, eu também). A receita tirei do blogue Happy homebaking...os meus bolinhos, talvez por questões de temperatura do forno, ficaram um pouco achatados, mas bons na mesma!


Ingredientes:

60 g de manteiga sem sal
Raspa de 1 laranja
250 g de farinha sem fermento
1 ½ colher de chá de fermento
½ colher de chá de bicarbonato de soda
½ colher de chá de sal
½ chávena de pepitas ou pedaços de chocolate branco*
½ chávena de arandos secos
1 ovo, ligeiramente batido
125 ml de leite
50 ml de sumo de laranja
125 g de açúcar


Pré-aquecer o forno a 180 graus. Derreter a manteiga e reservar. Numa tigela, misturar a farinha, o fermento, o bicarbonato e o sal. Juntar os arandos, a raspa de laranja e as pepitas de chocolate. Noutro recipiente, juntar a manteiga, o ovo, o leite, o sumo de laranja e o açúcar. Juntar esta mistura à da farinha, incorporando sem bater. A mistura final fica com grumos que depois desaparecem durante a cozedura. Distribuir por formas de papel (usei de silicone) e levar ao forno entre 15 a 20 minutos.

Rendimento: 8 a 10 queques

*Se fizerem muita questão de usar pepitas (chips) de chocolate branco nesta receita, poderão comprá-las na Oil & Vinegar. Caso contrário, o chocolate branco para culinária serve perfeitamente, embora uma opção mais trabalhosa, é bastante mais económica.

28/07/08

Top Ten

Como já devem ter percebido, é muito raro responder a desafios, a menos que se relacionem com temas culinários. Este que a Filipa me lançou, tendo sido secundado pela Dani, pela Alice e pela Nani, enquadra-se perfeitamente nesse espírito. Além disso, foi-me feito numa altura muito curiosa: este blogue faz 1 ano e como os aniversários são, quase sempre, um momento de balanço, mostrar as fotos das minhas 10 receitas favoritas vem mesmo a propósito. Muito obrigada a estas talentosas cozinheiras, nomeadamente à Dani que me disse que o Three Fat Ladies tinha sido decisivo para que ela criasse um blogue, um dos elogios que mais me sensibilizou.

Antes de passarmos à lista, queria agradecer as palavras de incentivo que recebi no meu último post e que me deixaram animadíssima. Depois de quase duas semanas afastada da cozinha e do blogue – por razões pessoais que não se prendem com as tais experiências mal sucedidas – este fim-de-semana lá consegui meter as mãos na massa e, amanhã, postarei uma receita.
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Lasanha de requeijão e espinafres



Muffins de especiarias e chocolate

Gelado de chá verde

Bolo laranja e sementes de papoila

O meu bolo de chocolate favorito

Mousse de goiabada

20/07/08

Esparguete à la carbonara

Vencida a preguiça e a pouca vontade de cozinhar (graças ao calor que se tem feito sentir na minha cozinha e aos bons dias de praia…) chegou a altura de voltar a partilhar a cozinha com as minhas companheiras! Começamos com uma receita simples… para ganhar ritmo… mas com um bom paladar. Inspirei-me no livro de Massas e Arroz da Vaqueiro, que contém esta receita de acordo com a versão de misturar de ovos e natas. Ao que parece, a receita original não leva natas (ver aqui) e o truque é misturar os ovos à massa rapidamente, de forma a não obtermos massa com ovos mexidos…

Ingredientes:
150 g de bacon
40 g de margarina
4 ovos
1,5 dl de natas
400 g de esparguete
Queijo ralado q.b.

Cortar o bacon em bocadinhos e fritar com a margarina. Numa tigela, bater os ovos com as natas e temperar com sal e pimenta. Cozer o esparguete em água abundante (truque: cozer em lume forte e destapado, mexendo de vez em quando. Mal a massa esteja cozida – 8 a 10 minutos – retira-se do lume, juntar 1 copo de água fria e escorrer num passador). Colocar o esparguete novamente na panela, juntar o bacon e a mistura dos ovos com natas. Mexer com 2 garfos e levar ao lume para cozer os ovos. Colocar o queijo ralado quando servirmos o prato.

17/07/08

Experiências mal sucedidas

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1. Uma piza com recheio agradável, mas com a massa alta e dura em vez de alta e fofa.
2. Um gaspacho intragável.
3. Um gelado de iogurte e rum completamente incomestível.

Este é o balanço dos últimos tempos, mas prometo que durante o fim-de-semana vou ultrapassar esta fase má e fazer receitas “blogáveis”. Até segunda-feira!

10/07/08

Empadão de soja com grelos e farinheira de soja


Já algum tempo que não publicava uma receita vegetariana, por isso, decidi deixar-vos esta sugestão. Quem não tiver acesso à farinheira de soja, terá de temperar mais a soja, pois este falso “enchido” dá muito gosto ao recheio do empadão. Por outro lado, aqueles que não apreciam refeições vegetarianas, podem sempre substituir a soja por carne moída/picada e usarem o tradicional enchido português.


Ingredientes:

1 ½ chávena de soja granulada fina
1 farinheira de soja
1 folha de louro
1 cebola
2 dentes de alho
Azeite q.b.
Vinho branco q.b.
3 ou 4 tomates pelados
Grelos cozidos (cerca de meio molho)
Puré de batata:
1 kg de batatas, manteiga, noz-moscada, leite q.b., sal e pimenta
1 gema para pincelar

Demolhar a soja, seguindo as instruções da embalagem (cerca de ½ hora). Entretanto, retirar a pele da farinheira de soja e cortá-la em rodelas finas. A farinheira de soja costuma ser um bocado dura, mas não se preocupem, que depois de cozinhada e bem desfeita, fica óptima. Fazer um refogado ligeiro com a cebola cortada em finas meias-luas e o alho picado, juntar o louro, a farinheira e o vinho branco. Com a ajuda de uma colher de pau (ou outro utensílio), ir desfazendo a farinheira. Quando estiver desfeita, é altura de juntar a soja muito bem escorrida e os tomates. Deixar apurar e rectificar os temperos.

Cozer as batatas, escorrê-las e migá-las com o utensílio próprio para puré ou passá-las no passe-vite. Juntar um pouco de manteiga e leite até adquirir a consistência desejada. Temperar com sal, pimenta e noz-moscada.

Num pirex, espalhar a mistura de soja*, por cima, os grelos e, por último, o puré de batata. Pincelar com uma gema de ovo batida. Vai ao forno a gratinar.
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* É provável que não precisem de usar toda, pois restou-me um pouco dessa mistura que, posteriormente, usei em 2 refeições, acompanhado com massa. Apesar disso, decidi não reduzir as quantidades de soja indicadas, pois a melhor proporção soja/farinheira de soja é a que refiro nesta receita.

08/07/08

Pimentos recheados com carne

No ano passado, também por altura do Verão, tinha feito uns pimentos recheados, mas numa versão vegetariana. Aproveitando para variar, aqui vos deixo uma versão com carne.

Ingredientes:

5 pimentos (verdes e vermelhos)
350 g de carne picada
1 pedaço de linguiça (usei açoriana) ou de chouriço
1 cebola
2 dentes de alho
Vinho branco q.b.
Vinho do porto q.b.
3 tomates pelados
1 pouco de farinha (cerca de 1 colher de sopa), dissolvida em leite
Molho picante (tabasco ou outro que tenham em casa)
Sal e pimenta
1 folha de louro
Orégãos secos
Pão ralado (farinha de rosca)

Fazer uma abertura nos pimentos, lavá-los e retirar-lhes as sementes e a membrana branca. Como os pimentos que comprei não se aguentavam em pé, optei por fazer-lhes uma abertura no sentido longitudinal, em vez de retirar o pedúnculo e cortar uma “tampinha” no topo. Colocar os pimentos numa tigela com água a ferver, durante 5 minutos. Escorrê-los e deixá-los arrefecer.

Entretanto, fazer o recheio. Refogar a cebola picada e os alhos, juntar uma folha de louro, a carne moída e a linguiça/chouriço moído (normalmente pico a carne juntamente com a linguiça). Cozinhar até a carne perder o aspecto cru, juntando os vinhos e o tomate. Temperar com sal, pimenta e o molho picante da vossa preferência. Deixar apurar. Para ligar o recheio, juntar um pouco de farinha dissolvida em leite, deixando-a cozinhar. Finalizar com orégãos. Rechear os pimentos. Num tabuleiro com um pouco de azeite e vinho branco, dispor os pimentos e polvilhá-los com pão ralado (ou queijo). Levar a forno médio cerca de 20 minutos. Servir quente ou frio com arroz e salada.

02/07/08

Sopa de peixe


Esta é uma sugestão para aproveitamento de caldo de peixe e de restos de peixe cozido. Tentei reproduzir uma receita da minha avó materna, que muito me lembra os tempos de infância, e que não me sai da cabeça desde que a Elvira publicou esta muito similar.

Ingredientes:

1 cebola
3 batatas médias
1 curgete/aboborinha
(a minha avó usava só batata,
mas a curgete também serve para engrossar a sopa,
com a vantagem de ser pouco calórica)
4 colheres de sopa de arroz
2 tomates pelados
1 posta de peixe cozido
1 litro de caldo de peixe (aproximadamente)

Cozer os legumes no caldo de peixe e triturá-los. Verificar os temperos e, se necessário deitar sal e pimenta. Deitar o arroz e deixá-lo cozer. Por fim, juntar o peixe desfiado e um fio de azeite. Servir.

Caldo de peixe

Normalmente cozo o peixe num caldo aromatizado com ervas e vegetais que seria um desperdício deitar fora. Este caldo, depois de coado, poderá ser utilizado em sopa ou conservado no congelador para utilizar noutros cozinhados com peixe, marisco ou moluscos, como por exemplo: risoto/arroz, massada, molho para lasanha (em vez de bechamel, que é feito com leite, façam um molho branco com o caldo do peixe, ou façam metade leite/metade caldo de peixe).

Eis os ingredientes que utilizo neste caldo, além do peixe e da água: alho francês (numa perspectiva de reciclagem, é boa ideia usar as partes mais verdes, que costumamos descartar noutras receitas), cenoura, cebola, alho, louro, um raminho de cheiros (com as ervas frescas que tiver disponíveis: salsa, coentros, hortelã, manjericão, etc.), 1 cálice de vinho branco, azeite, massa de malagueta (um pouco de piripiri ou um molho picante a gosto), grãos de pimenta, sal. Se tiverem aipo em casa, usem-no também.

O caldo fica mais saboroso se nele colocarem também a cabeça do peixe. Caso não apreciem este pitéu (é a parte que mais gosto), depois de cozida, limpem-na de peles e espinhas e utilizem-na, por exemplo nesta ou nesta receitas de sopa de peixe.