21/07/11

Dicas de Poupança

Aqui estão reunidas algumas das dicas de poupança que sugeri no âmbito do projecto 4 por 6.

A palavra-chave é diversificar: a fidelidade a um supermercado/hipermercado será boa para o bolso de alguém, mas não é para o nosso certamente... Convençam-se!



Uma das técnicas de marketing baseia-se no princípio de que o consumidor comum só decora o preço de meia dúzia de produtos. O valor desses produtos é criteriosamente decidido para nos fazer crer que “aquele” é o supermercado/hipermercado mais barato... e então o preço dos restantes produtos (a maioria)? Alguém se lembra? Não é preciso decorar os preços, nem fazer excursões de fim-de-semana a todos os supermercados da região, mas é sempre bom ter estas técnicas em mente para estar atento cada vez que se vai às compras.


Outra coisa: quando vão ao supermercado, não desprezem os produtos que estão nas prateleiras mais difíceis de alcançar, normalmente é aí que são colocados os mais baratos.


Consuma os produtos da estação: são mais económicos do que os fora de época. É bom para a carteira e para o meio ambiente.


Corte nas proteínas animais: a redução da carne, ou melhor, da proteína animal, é uma boa forma de poupar. Use a carne e o peixe como “condimento” e dê aos vegetais, cereais e legumes o seu merecido protagonismo.


Fique de olho nas promoções: tenham atenção aos folhetos promocionais dos supermercados e aproveitem para fazer as receitas da semana com esses produtos. Se forem produtos com prazos de validade alargados (queijo, café, por exemplo), podem inclusivamente comprar umas quantas embalagens, mesmo que não seja para uso imediato.


Faça uma lista: esta ideia não é original, mas muita gente não a pratica. Antes de ir ao supermercado faça uma lista com as coisas de que realmente precisa. Depois, compre sem se deixar cair em tentações!


Veja o preço por quilo: antes de decidir entre dois produtos similares, repare sempre no preço por quilo. Quantas vezes não levamos para casa o mais caro, porque impulsivamente escolhemos a embalagem mais barata? Ao chegar a casa lá nos apercebemos de que a embalagem mais barata tinha 150 g de produto e que a que ficou no supermercado, afinal, tinha mais quantidade e, por isso, era mais acessível.


Compre marcas brancas: deixem de lado o preconceito - as marcas próprias dos supermercados não são inevitavelmente de má qualidade. O Pingo Doce, por exemplo, oferece uma selecção de massas frescas e secas de boa qualidade. Já o Lidl destaca-se pela oferta de queijos, pelo salmão fumado – recentemente li, numa revista inglesa, elogios ao chocolate para culinária deste supermercado.


O meu conselho é: experimentem (de quando em vez lá se apanha um barrete, mas compensa pela quantidade de coisas boas e baratas que descobrimos). Peçam a opinião aos amigos, passem a palavra quando determinado produto vos agradar...


Embalagens XL. Sim ou não? A compra de produtos em embalagens de tamanho familiar é, regra geral, uma opção mais económica e mais ecológica (menos embalagens = menos lixo). Mas atenção: olhem para a etiqueta do produto e reparem no custo por litro/quilo, para verificar qual é realmente o mais barato. É que, de quando em vez, os supermercados trocam-nos as voltas.


Além disso, se existem produtos cuja aquisição em grandes quantidades é um bom investimento – azeite, óleo, detergentes... -, outros há cuja compra em versão XL pode revelar-se um mau negócio, por serem bens rapidamente perecíveis - iogurtes, algumas frutas e legumes...


Use a panela de pressão: é uma excelente aliada de quem não tem tempo nem dinheiro para desperdiçar: torna a cozedura 3 vezes mais rápida, poupando-se assim energia. Além disso, conserva o sabor e os nutrientes dos alimentos.


Se a usarmos de acordo com as normas de segurança, correrá tudo bem... E as regras são: não usar demasiada água (encher apenas 2/3 do volume) e só retirar a tampa depois de todo o vapor se ter libertado.


Opte por leguminosas secas: é mais económico comprar leguminosas secas e depois cozê-las, do que comprá-las em lata. Ficam mais saborosas (tempera a seu gosto), mais saudáveis (sem conservantes, nem excesso de sódio) e muito, mas mesmo muito, mais baratas. 500 g de feijão seco vai resultar em cerca de 1250 kg de feijão cozido (a relação é de 1 para 2,5 ou 3). Na receita que aqui vos proponho, 100 g de feijão cozido custou 6 cêntimos. Não se esqueçam de que também é mais ecológico cozinhar o feijão (de preferência na panela de pressão, pois é mais rápido e gasta menos energia) do que comprar em lata.


Informação é poder: a Internet é uma poderosa arma de informação, pesquise nos sites de gastronomia e culinária, opiniões sobre os produtos e os preços; os estudos da DECO, muitos deles divulgados nos jornais e no site desta associação, são uma boa fonte de informação para quem quer poupar, sem fazer cedências na qualidade.


E sobretudo, não desperdice!


a) Conserve ervas aromáticas: muitas vezes esquecemo-nos das ervas aromáticas no frigorífico e quando damos por elas estão estragadas. Para evitar que tal aconteça, poderá secá-las, conservá-las em azeite ou congelá-las.


b) Aproveite o pão: não deite fora o pão duro, aproveite-o para usar numa açorda, ou numas almôndegas, ou então toste-o e rale-o.


c) Aproveite os restos: há imensos pratos que são por excelência os “reis” dos aproveitamentos: use os molhos para fazer arroz, não deite fora a água da cozedura do peixe (dá excelente caldo para arroz de marisco!), use os restos de peixe, carne ou legumes para fazer empadão, tartes ou empadas.